Governador diz que na Bahia não tem crise

Entusiasmado, Jaques Wagner faz um balanço positivo do governo: a receita é priorizar.

O governador Jaques Wagner fez um balanço positivo dos três anos de governo, especialmente 2009, pois considera que a Bahia ficou de fora da crise mundial, com um crescimento de 5% em geração de emprego. Na sua avaliação, isso é resultado do estilo de governo, que tem o diálogo como base das relações e  prioriza os investimentos para quem mais precisa.

Os números justificam o entusiasmo de Wagner. Até o mês de outubro foi registrada a criação de 62 mil novas vagas de emprego no mercado de trabalho da Bahia, com carteira assinada. Na habitação também as estatísticas são bem animadoras, tanto que o Estado foi destaque no Programa Minha Casa, Minha Vida.

"Estamos fazendo uma revolução na área de saúde", afirmou o governador, ao falar do programa do Desembahia, que vai possibilitar a aquisição de mais 400 ambulâncias, como uma das principais conquistas do governo para o início de 2010. Neste processo, os municípios assumem apenas 10% dos custos dos equipamentos.

Na  Segurança Pública não há esse entusiasmo. Pelo contrário, é o segmento mais criticado do governo e apesar do baiano engrossar as estatísticas que indicam o povo brasileiro como o mais otimista em 2009, a situação se agrava a cada dia. O governador disse que têm sido feitos investimentos, a exemplo da contratação de policiais civis e militares e novas viaturas, mas admitiu que é muito difícil conter o índice de violência, que em sua opinião é patrocinada pelo tráfico de drogas e pela corrupção.

 "É muito fácil falar, mas ninguém tem um coelho na cartola para resolver", disparou o governador, referindo-se às críticas constantes da oposição e, ao mesmo tempo, defendendo o emprenho de toda a sociedade na cruzada contra a violência. Segundo ele, sabe-se que pelo menos 80% dos crimes estão associados às drogas, em especial o crack, e que o tráfico é financiado pelo caixa 2, a lavagem de dinheiro. "A polícia prende, mas quem tira da droga é o pai, o professor, o padre, o pastor", sugeriu.

Acusando a oposição de "vender ilusão" quando defende a manutenção de módulos policiais, Wagner observou que especialistas da área garantem que esse modelo de policiamento não tem mais eficácia e sim as rondas, "que não resolve, mas pelo menos inibe". Ele reafirmou que não existe solução pronta para a questão da criminalidade e que a saída é a prevenção, a cultura da paz. Ele observou que a vida está sendo banalizada porque as pessoas estão perdendo valores fundamentais.

Sobre política, o governador demonstrou tranquilidade. Disse que está conversando com o PR de César Borges, que apoia o governo Lula em nível nacional e parte da Bahia e admitiu que "em política nada é impossível, embora não tenha nada acertado ainda para a eleição de 2010. Com o PP, ele afirmou que tem compromisso para o Senado. E de modo geral, acenou com outras possibilidades de composição. "Ninguém prospera separando, mas agregando", ensinou.

Wagner destacou ainda que a relação com o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, segue os critérios de diálogo e debate democrático que norteiam a administração estadual. Em qualquer situação, contudo, ele defende que haja respeito e as críticas sejam objetivas, para acrescentar. "Não precisa virar a cara", resumiu.

Mais verba para a Educação

O programa Todos Pela Alfabetização (Topa) duplicou o número de alunos matriculados no ensino profissionalizante e em 2010 vai ampliar ainda mais o universo de pessoas contempladas; as universidades estaduais tiveram mais verbas disponibilizadas; a parceria com o Governo Federal foi reafirmada; e centenas de escolas foram reformadas. Estas foram algumas ações citadas pelo governador durante a entrevista.  Ele falou ainda os avanços na formação de professores.

Revolução na Saúde

Mereceram destaque no balanço do governador a construção do Hospital Escola de Santo Antônio de Jesus e do Hospital da Criança em Feira de Santana, além da ampliação do Hospital Geral Clériston Andrade. Os mutirões de oftalmologia no interior do Estado e o aumento do número de unidades do Programa Saúde da Família (PSF) foram outras realizações mencionadas por Jaques Wagner.

Avanços tecnológicos 

Os avanços tecnológicos também constam do balanço do Governo do Estado, especialmente a implantação do parque Tecnológico, o aumento de R$ 3 para R$ 15 milhões os investimentos em pesquisas e a instalação de 1.000 centros digitais.

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