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De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em junho as exportações baianas voltaram a recuar 12,8%, comparadas ao mesmo mês de 2018, atingindo US$ 575,5 milhões. No primeiro semestre, as vendas externas alcançaram US$ 3,77 bilhões, apenas 1% acima de igual período do ano passado. Além do quadro global não estar favorável, as exportações sofrem as consequências da recuperação lenta da economia doméstica e da redução da safra de grãos estimada em 14,3%.
No semestre, a quantidade exportada pelo estado (quantum) teve queda de 1,4%, como consequência do volume menor das trocas globais, afetadas pela escalada das tensões entre EUA e China e pela redução nos embarques de celulose e de soja. Por outro lado, os preços dos produtos vendidos ao exterior subiram em média 2,4%, puxados por metalúrgicos, minerais e derivados de petróleo.
Entre os produtos básicos, destaque para o algodão, cujas vendas cresceram 236% comparados ao primeiro semestre de 2018, graças ao aumento da produção no oeste baiano e da demanda por Indonésia, China, Bangladesh e Vietnã.
No campo dos manufaturados, porém, o efeito da crise argentina ainda deve-se manter ao longo do segundo semestre. Os embarques do setor automotivo caíram de US$ 316 milhões para US$ 163 milhões no comparativo dos semestres, uma queda de 48,3%.
Importações – As importações também recuaram para US$ 405,1 milhões em junho, 21,5% abaixo do mesmo mês de 2018. No semestre somam US$ 3,44 bilhões, com um crescimento positivo de 14,8%. Apesar do índice positivo, as importações estão mais fracas que o esperado em razão do baixo desempenho da atividade doméstica.
O desempenho positivo está praticamente circunscrito aos Combustíveis (Gás, Nafta e Petróleo) com aumento de 152,1%. Dentre os produtos intermediários, que respondem por 75% do volume importado pelo estado, houve aumento nas compras de minério de cobre (45%) e fertilizantes (102,5%).
Com os resultados apurados até no primeiro semestre, a Bahia acumula um superávit de US$ 330 milhões em sua balança comercial – queda de 55,1% – enquanto que a corrente de comércio exterior (soma das exportações e importações) atingiu US$ 7,21 bilhões, 7,1% acima do mesmo período de 2018.