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De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Bahia contabilizava, em dezembro de 2017, 2.223.775 empregos formais – um ganho de 52.430 postos comparativamente ao registrado em dezembro de 2016, quando o estoque havia sido de 2.171.345.
Esta variação é a terceira maior entre as Unidades Federativas do país, atrás de Minas Gerais e Goiás. Em um ano, portanto, houve expansão de 2,41% no total de empregos formais – por sinal, a ampliação relativa foi superior aos constatados para a Região Nordeste (1,27%) e para o Brasil (0,48%). Nesse intervalo, a remuneração real média do trabalhador baiano aumentou cerca de 3,63%.
De 2016 a 2017, na Bahia, quatro setores de atividade econômica revelaram variação positiva no estoque de empregos formais. A Administração Pública, com avanço de 61.226 no número de postos formais, foi o setor com o maior ganho absoluto e relativo (11,24%) de um ano ao outro. Em seguida, por ordem decrescente, vieram Serviços Industriais de Utilidade Pública (+1.421 postos, 7,21%), Agropecuária, Extrativa Vegetal, Caça e Pesca (+1.333 postos, 1,50%) e Serviços (+812 postos, 0,11%).
Em termos relativos, a atividade com maior retração foi a Construção Civil que com queda de 7,66% em um ano, encerrou 8.649 postos. Os setores Comércio (-3.517 postos, -0,80%), Extrativa Mineral (-146 postos, -0,98%) e Indústria de Transformação (-50 postos, -0,02%) também perderam postos.
De um ano para o outro, apenas as faixas de escolaridade mais elevada exibiram expansão no número de empregos formais. Os trabalhadores com ensino médio completo foram os que apresentaram a maior variação absoluta no número de postos (+40.047 postos). Todavia, em termos relativos, a maior variação ocorreu para os com grau de instrução superior completo (8,11%) e equivaleu a uma expansão de 31.055 postos no estoque deste grupo de um ano ao outro. Em contrapartida, de forma negativa, mostraram-se sensíveis à variação em termos absolutos do mercado de trabalho formal baiano aqueles com ensino fundamental completo (-6.461 postos) e em termos relativos aqueles da 5ª série completa do ensino fundamental (6,46%).
Comparativamente a 2016, os jovens (faixa etária até 29 anos) enfrentaram recuo no estoque de empregos formais, A faixa etária de 40 a 49 anos (+28.475 postos) apresentou o maior incremento absoluto no estoque de empregos. Contudo, de forma relativa, destacou-se a faixa etária de 65 anos ou mais (+9,60%). Os estabelecimentos que mais criaram empregos foram os com 1.000 ou mais vínculos ativos (+52.112 postos), apresentando variação relativa de 9,45%.