Diferente do que foi informado anteriormente pelo diretor de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA), Erisvaldo Pereira, a obra do conjunto Le Parc não foi embargada. Segundo a assessoria de comunicação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia, a Cyrella Andrade Mendonça, empresa responsável pela construção, acatou a orientação de dois auditores do trabalho de “não retomar as atividades até a retirada do maquinário objeto do acidente”. Assim, a área onde os dois operários morreram e um ficou ferido na manhã desta quarta (8) ficará temporariamente paralisada.
Leandro Marques Cardoso e Roberto Robson dos Santos morreram após parte de uma grua desabar. Edilson do Nascimento, que estava no chão, tentou correr para escapar dos destroços, mas caiu em uma ribanceira e quebrou uma das pernas. Ele foi socorrido ao Hospital Geral do Estado, onde permanece internado. Os dois auditores que estiveram no canteiro de obras devem concluir amanhã o relatório final sobre as causas do acidente.
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Em nota à imprensa, a Cyrella lamentou o ocorrido e informou que os funcionários envolvidos eram da Tecnotrav, empresa especializada na montagem e desmontagem de gruas. A Tecnotrav foi contratada para atuar no empreendimento, "sendo responsável ainda pela segurança dos operários que operam seus equipamentos. Os funcionários da empresa estavam utilizando equipamentos de segurança necessários para a execução do serviço quando ocorreu o acidente".
Membros do Sintracom prometem se reunir às 6h desta quinta-feira (9) em frente ao canteiro de obras do Le Parc para uma manifestação. Eles irão reivindicar mais segurança para os trabalhadores. Esta é a segunda vez que um acidente provoca a morte de um operário nesta mesma obra. Em novembro de 2009 o funcionário Genildo dos Santos, de 28 anos, morreu quando caiu ao que correspondia ao sétimo andar de um dos edifícios em construção. As informações são do Correio.
