Uma criança de 4 anos morreu e o pai dela ficou ferido em incêndio em um apartamento no bairro do Jambeiro, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O caso aconteceu por volta das 4h, em um dos prédios do condomínio residencial Santo Amaro de Ipitanga, localizado na Avenida Progresso. Segundo a Polícia Civil, a criança que morreu foi identificada como Samuel Borges de Abreu.
Samuel Borges estava com os pais e o irmão de seis anos no apartamento em que moravam, no segundo andar do prédio. Apenas ele e o pai foram atingidos pelas chamas.
O Corpo de Bombeiros informou que quando uma equipe da corporação chegou ao local, o incêndio já tinha sido debelado por moradores e uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendia o homem no condomínio.
Ele foi socorrido e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Os Bombeiros informaram ainda que a criança já estava morta dentro do imóvel. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para fazer a remoção do corpo.
Medidas de segurança
Ainda não se sabe o que causou o incêndio. Os moradores afirmaram que alguns dos apartamentos do condomínio apresentaram problemas com instalações elétricas nos últimos meses.
“Disseram que foi problema com o ventilador, mas eu não sei. O hidrante não tinha uma gota de água, como é que ia apagar? O pessoal foi nas casas, encheu baldes, pegou extintores e conseguiu apagar o fogo”, disse uma vizinha da família.
“Quando os bombeiros chegaram, não adiantava mais, porque a gente já tinha apagado. Mesmo assim a criança morreu. Para mim foi por conta dos fios, mas não sei”, acrescentou.
Uma outra vizinha disse que deixou o prédio após ouvir gritos de socorro.
“Ouvi o pessoal pedindo socorro, aí abri a janela e perguntei o que estava acontecendo. Aí falaram: ‘tia, sai daí que o prédio está pegando fogo. Aí desci com meu neto”, relatou a idosa.
O capitão do Corpo de Bombeiros, identificado como Góes em entrevista à TV Bahia, disse que vistoriou o prédio e encontrou todos equipamentos de segurança. No entanto, as caixas de água dos hidrantes de todos os pavimentos estavam vazias.
“Para que ter hidrante, se não tinha água? Se tivesse, a gente tinha apagado mais rápido e a criança não tinha morrido”, lamentou uma vizinha da família.
De acordo com o capitão Góes, além de vazias, as caixas de água dos hidrantes também estavam sem mangueiras e chaves.
“Conversando com os moradores, eles relataram que não teve nenhum treinamento para usar esses equipamentos. Então, de nada adianta ter a instalação preventiva no prédio e os moradores não saberem utilizar”, afirmou o militar.
Um dos moradores do prédio também afirmou para o Corpo de Bombeiros que o alarme de incêndio não foi acionado.
Fonte: G1
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