Salvador

Covid-19: prefeito de Salvador volta a fechar cinemas e teatros a partir de sexta (19)

As medidas foram tomadas como forma de conter o crescimento dos casos positivos de Covid-19 na capital baiana que, de acordo com o prefeito, vive o pior momento desde o início da pandemia.

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O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou nesta quarta-feira (17) que os cinemas serão fechados a partir da próxima sexta-feira (19) e os teatros da cidade deixarão de receber o público, funcionando somente para eventos virtuais, e classificou o atual momento como o pior desde o início da pandemia.

As medidas foram tomadas como forma de conter o crescimento dos casos positivos de Covid-19 na capital baiana que, de acordo com o prefeito, vive o pior momento desde o início da pandemia.

“Chegamos à conclusão que nós tínhamos que anunciar medidas, a exemplo da suspensão novamente do funcionamento de cinemas e teatros de forma presencial. Não estamos descartando, se esses números continuarem ao longo do dia que nas próximas 24h ou 48h vamos anunciar novas medidas de isolamento social na nossa cidade”, afirmou.

Bruno Reis destacou que as medidas podem ser tomadas por causa da pressão sofrida pelo sistema público de saúde, que está com as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) sobrecarregadas e com dificuldade em fazer a regulação de pacientes para os hospitais.

Segundo ele, a demanda tem sido grande também na rede privada e classificou a situação atual como o pior momento desde que a pandemia teve início no Brasil, em março do ano passado.

"A rede privada também está nesse momento suspendendo cirurgias eletivas para vagar leito de UTI Covid e atender a demanda, que cresce na mesma pressão na rede pública. Estamos vivendo o pior momento da pandemia".

Chegada de novo lote de vacinas
O prefeito afirmou que há a expectativa da chegada de um novo lote de vacinas em Salvador até a próxima terça-feira (23). O governo federal anunciou a compra de mais imunizantes e, de acordo com Bruno Reis, governadores irão se reunir nesta quarta-feira com o ministro Eduardo Pazuello para cobrar novas doses.

Chegando à Bahia e, consequentemente, a Salvador, o município irá definir a estratégia para vacinação dos grupos prioritários.

"Ontem o governo federal anunciou a compra de mais vacinas. Hoje [quarta-feira] os governadores vão se reunir com Pazuello para pressionar por novas vacinas. A expectativa é que ate o dia 23 cheguem novas remessas ao estado e a Salvador. E vamos anunciando a estratégia de vacinação, que devem ser aplicadas aos servidores da Saúde que ainda faltam e idosos de outras faixas etárias", afirmou.

Retorno das aulas presenciais
Bruno Reis também comentou sobre o retorno das aulas de forma presencial em Salvador e foi firme em afirmar que os estudantes não voltarão às salas de aula enquanto os leitos de UTI estiverem com a ocupação no atual patamar.

De acordo com o prefeito, seria uma irresponsabilidade retomar o funcionamento pleno do sistema de Educação e a prefeitura tem estudado o tema baseado em três itens: o aumento do número de óbitos, o número de leitos disponíveis e o número de casos ativos na cidade.

Bruno afirmou que tem se reunido com o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça para estudar como será o funcionamento das escolas em caso de retorno, mas garantiu que uma decisão só será tomada quando houver convicção entre todas as partes responsáveis, inclusive o sindicato dos professores.

"Ninguém aqui é irresponsável para retomar a Educação sem poder oferecer leitos de UTI. Podem fazer manifestação onde quiser, que não está me dizendo nada. Não há clima. É uma irresponsabilidade defender o retorno da Educação. Conseguimos avançar, mas sempre esteve relacionado ao estágio da pandemia em nossa cidade", declarou o prefeito.

Nesta quarta-feira, o governador Rui Costa participou de uma reunião com representantes do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública e do Tribunal de Justiça da Bahia. na ocasião, ele indicadores de saúde necessários para a volta às aulas presenciais na Bahia.

"Para que o retorno das atividades escolares possa acontecer de forma segura para os profissionais de saúde, alunos e seus familiares, três indicadores necessários para o controle da pandemia de Covid-19 precisam ser reduzidos, são eles: o número de casos ativos, o número de óbitos e as taxas de ocupação de leitos e pessoas aguardando por leitos”, explicou.

O governador ressaltou que a Bahia está enfrentando um dos piores momentos desde o início da pandemia, com mais de 15 mil casos ativos e uma taxa de 74% de ocupação dos leitos de UTI dedicados para atender pacientes com casos mais graves da doença.

“É uma situação extremamente delicada que exige medidas enérgicas para conter avanço do vírus na Bahia. No momento ainda não é possível o retorno das aulas, mas com este diálogo, estamos abrindo o caminho para que possamos voltar quando a pandemia estiver controlada. Neste momento, é extremamente importante que a população faça sua parte e evite aglomerações”, falou.

Fonte: G1

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