Acorda Cidade
O avanço do novo coronavírus no Brasil e na Bahia e seus impactos na economia do País têm assustado muito os empresários e consumidores. Em Salvador, escolas privadas e municipais, academias e cinemas ficarão fechados por 15 dias. Num cenário extremo, do varejo não essencial (excetuando-se supermercados e farmácias) ter que fechar as portas em todo o Estado da Bahia, a projeção é de um prejuízo de até R$ 108 milhões a cada dia de impossibilidade de faturar. O cálculo foi feito pela Fecomércio-BA através da análise dos dados do comércio do IBGE.
Em todo o Brasil estão sendo fechadas temporariamente escolas, escritórios, museus, fábricas, entre outras atividades, e a tendência é que somente os serviços essenciais devem continuar abertos, como é o caso de supermercados e farmácias, no caso do setor terciário.
“Os consumidores, no seu isolamento, estarão focados em preservar a sua saúde. Assim, mesmo algumas lojas abertas de produtos como roupas, eletroeletrônicos, por exemplo, tendem a ter uma redução drástica de demanda”, analisa o consultor econômico Guilherme Dietze.
“Pode-se dizer, contudo, que é um prejuízo momentâneo, uma vez que haverá postergação de compra de alguns serviços e produtos, mas como o período de restrição de circulação tende a ser relativamente longo, muitas das vendas serão perdidas. Infelizmente, não há como separar uma da outra”, constata o economista.
“Os empresários baianos passarão por um momento inédito e de muita incerteza. Neste momento é importante a redução máxima dos custos fixos para amenizar os impactos negativos nos negócios. Espera-se também que os bancos públicos ofereçam crédito com condições vantajosas de taxas, prazos, documentação e carência, para que não haja um grande dano social com demissão em grande escala e empresas quebrando nos próximos meses”, declara o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade.