Acorda Cidade
A prisão de dois estelionatários, na semana passada, em Itapetinga, no sudoeste baiano, que falsificavam documentos de veículos, chamou a atenção para o trabalho da Corregedoria-geral do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). O caso foi solucionado em uma operação conjunta da Corregedoria e a Polícia Civil.
A fiscalização silenciosa do Detran é responsável pela instalação de sindicâncias que apuram denúncias de irregularidades em procedimentos de veículos e habilitação. Em 2018, houve a instauração de 783 processos, a maioria sobre clonagem de carros, com 474 ocorrências, seguida de transferência de propriedade fraudulenta, com 187 casos. O levantamento foi encaminhado à Polícia Civil e ao Ministério Público. Quadrilhas que atuavam no estado foram desarticuladas, com a prisão de criminosos e exoneração de servidores da autarquia envolvidos em ilegalidades.
O corregedor-geral do Detran, Osvaldo Mota Moura, ressalta o alcance das sindicâncias. “Atuamos em todo o estado, nas unidades de atendimento do departamento, em clínicas de trânsito, autoescolas, empresas de vistoria e fabricantes de placas. Quando detectamos irregularidades, acionamos a polícia". Entre os casos solucionados, no ano passado, está a prisão de uma quadrilha que falsificava carteiras de habilitação, em Tocantins, que eram comercializadas na Bahia.
A Corregedoria apura também golpes pelas redes sociais, com o uso indevido do nome do Detran. “Geralmente são terceiros que não têm nenhuma relação com o órgão. Pelo WhatsApp e Facebook, eles praticam o crime de usar o nome do Detran para oferecer vantagens em troca de dinheiro, que são falsas. Recomendamos que o cidadão procure somente os canais oficiais de comunicação do Detran”, alerta o corregedor.