Bahia

Com obras paradas, moradores e comerciantes do Retiro em Coração de Maria cobram avanço do asfalto na BA-503

A obra está parada há mais de seis meses, segundo os moradores.

Gabriel Gonçalves

Iniciada no mês de outubro do ano passado, com previsão de 12 meses para todas as obras serem concluídas, a pavimentação asfáltica da BA-503 em Coração de Maria, foi interrompida há mais de seis meses, segundo os moradores da região.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, a comerciante Elisângela Neri dos Santos, explicou que a empresa realizou todo o serviço de terraplanagem na estrada, mas o asfalto ainda não foi colocado. Não bastasse todo sofrimento por conta da poeira que está invadindo as residências e os comércios, Elisângela informou que a empresa só irá asfaltar 6km de pavimentação.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"A situação aqui está difícil, fizeram essa terraplanagem e disseram que apenas 6km de asfalto será feito, de Retiro para cá. Então assim, são 16km conforme está informando na placa, e agora eles querem dizer que são vão asfaltar 6km? Estamos sofrendo com essa poeira há muito tempo, isso aí já tem seis meses que a obra está parada pela Engefort, a verba foi colocada pelo senador Ângelo Coronel e até o momento, não tivemos a conclusão dessa obra", disse.

Elisângela que é proprietária de um mercadinho, precisa realizar a limpeza do local a todo momento, por conta da poeira que invade tudo.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"A gente está sendo prejudicado, porque nós temos aqui a mercadoria, precisa ficar limpando toda hora, mas infelizmente não tem como manter limpa. A estrada de chão, se tornou pior do que era antes e nesse processo aí, colocaram um barro vermelho e esse barro está afetando toda a mercadoria, afetando a saúde da gente, ali mesmo tem uma escola que voltou com as aulas, como é que as crianças ficam dessa forma?", questionou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Próximo ao mercadinho, há também um restaurante às margens da estrada. Normísia Cerqueira que é a proprietária, explicou ao Acorda Cidade que a clientela está diminuindo devido a poeira que se acumula no local a cada dia.

Mesmo realizando a limpeza todos os dias, os clientes já deixam de ir ao restaurante.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"A gente faz a limpeza toda hora, a cada momento temos que passar um paninho nas mesas porque o cliente busca um local limpo e nós que moramos na zona rural, a gente precisa respirar um ar puro e a gente não está respirando um ar puro, toda essa poeira, todo esse barro vermelho está nos prejudicando. O cliente que tem problema de renite por exemplo, vem aqui em um dia e no outro já não vem mais", afirmou.

Ainda segundo Normísia, a alegação da empresa para não asfaltar todo o trecho, é a falta de verba.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Nós queremos que seja feita toda a conclusão da estrada como foi informado que seriam os 16km. O povo da empresa disse que a verba não foi liberada, mas isso é mentira. Como é que vai fazer um asfalto pela metade sem ter a verba?", questionou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O Acorda Cidade entrou em contato com o Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS), mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade 

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