Em São Paulo

Cirurgia de bebê baiano chega ao fim e é considerada bem sucedida

Procedimento durou cerca de sete horas e é considerado complexo. Médicos aguardam reação do bebê, que não tem previsão de alta.

Acorda Cidade

A operação cardíaca de Cauê Ribeiro, o bebê baiano que nasceu com uma doença chamada hipoplasia, terminou por volta das 16h desta quinta-feira (8), de acordo com informações do Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo.

A cirurgia durou cerca de sete horas e é considerada complexa. Ainda assim, os médicos avaliam que o procedimento foi bem sucedido e aguardam as reações do bebê. Cauê está internado na UTI cardiológica do hospital se recuperando da cirurgia e não tem previsão de alta médica. Seu estado de saúde é estável.

O bebê, que tem pouco mais de um mês de vida, foi transferido de Salvador na terça-feira (6) em uma UTI aérea cedida pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). A criança viajou acompanhada da mãe, Tâmara Nascimento, e aos cuidados de um médico na aeronave.

Na quarta-feira (7), por causa de um problema nos testes de transfusão de sangue, os médicos chegaram a descartar a realização da cirurgia nesta quinta. A situação foi resolvida e Cauê apresentou condições para ser submetido à cirurgia.

Diagnóstico

Cauê tem uma doença rara no coração, chamada hipoplasia. O lado esquerdo do coração dele é menor que o direito, o que impede que o sangue seja bombeado para o restante do corpo. O pai Alessandro Lima Ribeiro conta que o problema de saúde foi detectado no segundo dia de vida do bebê. "Minha mulher teve uma gravidez super tranquila, os exames não apontaram nada disso", afirma.

A cardiopediatra Zilma Verçosa, que fez o diagnóstico da doença em Cauê, explica que a hipoplasia poderia ter sido detectada através de um exame chamado ecocardiograma fetal. "A melhor maneira de se transportar uma criança nessas condições é na barriga da mãe, antes dela nascer", explica. A especialista acrescenta que a maneira correta de tratar crianças com hipoplasia é quando elas nascem em uma unidade especializada e passam por cirurgia nas primeiras horas de vida.

Segundo o pai de Cauê, na ultrassom morfológica, exame que apontaria a necessidade do ecocardiograma fetal, não houve indicação de que a mãe teria de passar por um novo exame. As informações são do G1.
 

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