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Censo IBGE 2022: sobremortalidade masculina na Bahia é maior entre jovens de 20 a 24 anos

Na Bahia, assim como no Brasil, as mortes masculinas superam as femininas em todos os grupos etários até os 79 anos.

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (25) os dados do Censo Demográfico 2022 referentes aos óbitos informados na Bahia. Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram registradas 93.926 mortes no estado, sendo 52.500 de homens (55,9%) e 41.426 de mulheres (44,1%). A sobremortalidade masculina no período foi de 127 óbitos masculinos para cada 100 femininos.

O censo confirmou também a alta mortalidade masculina na Bahia, principalmente entre jovens de 20 a 24 anos.

Na Bahia, assim como no Brasil, as mortes masculinas superam as femininas em todos os grupos etários até os 79 anos. A partir dessa faixa, as mulheres passam a representar a maioria das mortes, devido ao fato de viverem mais e serem a maioria da população acima dos 80 anos.

Censo IBGE 2022 sobre mortalidade masculina
Foto: IBGE

Conforme os dados divulgados, o maior índice de sobremortalidade masculina no estado ocorre entre jovens de 20 a 24 anos, com uma proporção de 5 homens mortos para cada mulher, ou 506 para cada 100. Esse é o segundo maior índice entre os estados brasileiros, atrás apenas de Sergipe, com 573 homens mortos para cada 100 mulheres.

Em seguida, as faixas etárias com maior sobremortalidade masculina na Bahia são as de 15 a 19 anos (450 mortes de homens para cada 100 de mulheres) e de 25 a 29 anos (411/100). Essas faixas são mais afetadas por causas externas e violentas, como acidentes, homicídios e suicídios, que atingem mais a população masculina.

Em nível nacional, a maior diferença de óbitos masculinos também ocorre na faixa de 20 a 24 anos, embora a disparidade seja menor do que na Bahia, com 371 mortes de homens para cada 100 de mulheres.

Em Salvador, de acordo com o Censo 2022, ocorreram 15.258 mortes entre agosto de 2021 e julho de 2022. Embora a capital baiana abrigue a quinta maior população do país, ela registrou o terceiro maior número de óbitos informados, ficando atrás apenas de São Paulo/SP (71.559) e Rio de Janeiro/RJ (47.802), e à frente de Brasília (13.642) e Fortaleza (14.852), que possuem uma população maior que Salvador.

Das mortes registradas em Salvador, 7.865 foram de homens (51,5%) e 7.393 de mulheres (48,5%), resultando em uma razão de 106 óbitos masculinos para cada 100 femininos. A sobremortalidade masculina no município foi menor do que a média estadual (127/100) e ficou apenas na 20ª posição entre as 27 capitais, empatando, no arredondamento, com Belém/PA.

As capitais Rio de Janeiro/RJ (97 mortes de homens para cada 100 de mulheres) e Recife/PE (94/100) foram as únicas em que as mortes masculinas ficaram abaixo das femininas, conforme os dados do Censo 2022.

Censo IBGE 2022  sobre mortalidade masculina no Brasil
Foto: IBGE

Em Salvador, a sobremortalidade masculina foi observada em quase todos os grupos etários até 74 anos. A única exceção foi na faixa etária de 5 a 9 anos, com 26 mortes de meninas frente a 11 de meninos.

Além de ser menos acentuada e de se encerrar antes do que na Bahia como um todo, a sobremortalidade masculina em Salvador atinge seu pico mais cedo, no grupo de 15 a 19 anos, em que houve 6 mortes de homens para cada mulher (615/100). Esse índice foi o terceiro maior entre as capitais, atrás apenas de João Pessoa/PB (733/100) e Campo Grande/MS (700/100).

No estado, apenas 26 dos 417 municípios baianos (6,2%) registraram mais mortes femininas do que masculinas no período anterior à pesquisa. Pedrão (56 óbitos masculinos para cada 100 femininos), Santa Cruz da Vitória (63/100) e Dom Macedo Costa (67/100) lideraram nesse aspecto. Por outro lado, as maiores sobremortalidades masculinas ocorreram em Itaju do Colônia (283/100), Gongogi (277/100) e Itagimirim (250/100).

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