Carnaval de Salvador tem novo estatuto

O carnaval da Bahia, maior festa popular do Brasil, tem mudanças na folia deste ano. Nesta quinta-feira (07), foi lançado o novo estatuto de festas populares de Salvador, que tem como foco principal uma festa momesca. São 58 artigos sobre temas que vão da publicidade nos trios e blocos até o tipo de comida que pode ser servida na rua.


 

Entre as novas regras está a que define que todos os trios elétricos deverão ter GPS, tecnologia que ajudará a polícia e o folião a saber a localização exata de cada bloco. Segundo informações da TV Bahia, outra mudança é a que se refere a exposição das marcas dos patrocinadores, a partir de agora os donos de trio terão que pagar à prefeitura para ter essa licença.

Antes mesmo do anúncio oficial das novas regras, já existe polêmica. “Isso não deve acontecer, senão eu teria o mesmo direito de receber um pouco do que a prefeitura consegue para o carnaval graças às entidades que desfilam no carnaval. Pelo contrário, a gente devia ficar orgulhoso ao saber que uma grande quantidade de empresas investe no carnaval de Salvador”, discorda o Presidente do Conselho do Carnaval, Fernando Bulhosa.

 

O estatuto cria a Secretaria de Planejamento, Tecnologia e Gestão para unificar todas as licitações, como gastos e contratação de pessoal. Outra novidade é o combate ao trabalho infantil. Crianças até 5 anos, acompanhadas ou não, serão levadas para creches, as que tiverem entre 5 e 9 anos terão atividades de lazer em escolas municipais.

A venda de churrasco e queijo coalho em espetos feitos de qualquer material está proibida. Também não será permitido preparar alimentos, como cachorro-quente, em barracas, balcões e áreas de recuo. Somente as baianas já cadastradas na Secretaria Municipal de Serviços Públicos estão autorizadas a trabalhar no carnaval.

O novo estatuto garante mais proteção também aos cordeiros. Nove itens se tornam obrigatórios, entre eles o uso de protetor de ouvido e de filtro solar, e até a distribuição de três litros de água ao longo do percurso.

 

“É impossível um carro de apoio conseguir armazenar 3 mil litros de água gelada, fresquinha, para o cordeiro beber. Existem itens que foram formulados sem intenção de prejudicar, mas com falta de conhecimento”, avalia Bulhosa.

O representante do Sindicato dos Cordeiros, Percival Bispo, espera que as determinações do estatuto sejam cumpridas. “Graças a Deus que já temos um estatuto que vai favorecer a categoria. Espero que esse ano as regras sejam seguidas”, diz.

 

Informações do Correio da Bahia

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