O registro do aumento na temperatura dos oceanos deixou algumas praias de Salvador pouco atrativas. O motivo é causado pelas caravelas-portuguesas, animais pequenos de cor azulada e que provocam dor, irritação e queimaduras na pele.
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Em várias praias da Bahia, a presença desses animais tem assustado os banhistas, ainda na faixa de areia. Em Salvador, é grande a quantidade de caravelas na beira do mar, levadas pelo vento e pelas correntes.
De acordo com o portal g1, somente em um dia, 22 pessoas foram queimadas. Diante dos inúmeros casos nesta época do ano, a SalvaMar adotou uma estratégia em sinalizar com a bandeira roxa, as praias onde há um grande número de caravelas.
A chegada desses animais vem sendo monitorada por pesquisadores brasileiros, que apontam o aumento da temperatura dos oceanos como principal motivo.
A recomendação do Ministério da Saúde para quem tiver queimadura de contato com esses animais é lavar o local com água salgada e nunca água doce, além de utilizar vinagre branco, que ajuda a neutralizar o efeito do veneno.
Qual a diferença entre caravela-portuguesa e água-viva?
A água-viva (ou medusas) é transparente, passando frequentemente despercebida na água. Já as caravelas apresentam uma bolsa de cor roxa ou azulada que flutua acima da linha da água, sendo facilmente visíveis.
Águas-vivas e caravelas são animais aquáticos simples e de vida livre que pertencem ao Filo Cnidaria, assim como as anêmonas e corais. Estes animais possuem um complexo ciclo de vida, sendo as águas-vivas a forma adulta, e os pólipos uma das fases intermediárias. Caravelas, porém, são agrupamentos de pólipos, não sendo águas-vivas verdadeiras.
Os pólipos, que geralmente são sésseis, vivem fixados ao substrato. Os cnidários são divididos em cinco Classes, estando as águas-vivas inseridas nas Classes Scyphozoa e Hydrozoa, e as caravelas na Classe Hydrozoa. As medusas da Classe Cubozoa são extremamente peçonhentas, estando incluídas nesta Classe as vespas-marinhas (Chironex fleckeri), responsáveis por diversos óbitos na região do Indo-Pacífico e as espécies Tamoya haplonema e Chiropsalmus quadrumanus, presentes no Brasil.
No litoral brasileiro, as medusas que mais causam envenenamentos são a caravela Physalia physalis, a hidromedusas Olindias sambaquiensis, a cifomedusa Chrysaora lactea. A maioria dos cnidários adultos apresentam tentáculos que contém células especializadas chamadas cnidócitos. Os tentáculos podem medir até 30 metros. Nestes cnidócitos estão localizadas uma organela secretória chamada cnidocisto, que é capaz de injetar peçonha, utilizada para a captura de presas e defesa do animal, sendo uma mistura de vários polipeptídeos que tem ações tóxicas e enzimáticas.
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