Atualmente estima-se que, no Brasil, há cerca de 4 mil crianças e adolescentes aptos a adoção e 33 mil pessoas estão na fila de adotantes. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, quase 70% das crianças aptas a adoção no Brasil têm mais de seis anos.
Em busca de uma família para essas crianças e adolescentes, o Ministério Público estadual, em parceria com a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça da Bahia, lançam na próxima segunda-feira, dia 7, às 14h, a campanha ‘O amor não tem tamanho’.
O lançamento ocorre na semana em que se celebra o Dia Mundial da Adoção, comemorado dia 9 de novembro, com o objetivo de ampliar o perfil buscado pelos futuros pais e contribuir no aumento do número de adoções de crianças e adolescentes, grupos de irmãos ou com alguma deficiência.
O lançamento ocorrerá na sede do MP, no CAB, e será veiculado em TVs e redes sociais do MP e das instituições parceiras, dando visibilidade às informações necessárias para o processo de adoção. De acordo com o Sistema Nacional da Adoção e Acolhimento (SNA), a maior quantidade de crianças e adolescentes disponíveis para adoção concentra-se na faixa etária de 6 a 17 anos.
Esse perfil, no entanto, não corresponde ao mais desejado pelos habilitados à adoção, já que mais de 50% dos 39.957 pretendentes cadastrados têm preferência por crianças de até três anos. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça de 2019, 90% dos interessados na adoção buscam crianças de até sete anos, enquanto 67% das crianças e adolescentes disponíveis nos abrigos têm idades entre sete e 18 anos.
“A adoção de crianças acima de seis anos de idade e adolescentes é considerada necessária em razão da dificuldade de localização de famílias que tenham perfil adotivo para essa faixa etária. Por essa razão, a presente campanha pretende demonstrar que o amor não tem tamanho, podendo ser vivenciado na adoção de crianças e adolescentes de todas as idades, raças e condições de saúde”, destacou a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Crianças e Adolescentes (CAOCA), promotora de Justiça Anna Karina Trennepohl.
Ela ressaltou que, em geral, o perfil adotivo restringe a idade aos primeiros anos de vida, impossibilitando à criança mais velha, ao adolescente ou a grupos de irmãos a chance de serem adotados. “As crianças e adolescentes com deficiência ou alguma doença diagnosticada também encontram dificuldades no processo de adoção”, destacou a promotora de Justiça.
Os interessados na adoção devem fazer um pré cadastro no endereço eletrônico https://www.cnj.jus.br/sna/indexPrecadastro.jsp.
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