Bahia

Campanha de vacinação contra a febre aftosa na Bahia começa nesta sexta-feira

Os produtores que não possuem animais nesta faixa de idade (isentos da vacinação), também estão obrigados a declarar e atualizar seu rebanho, evitando sanções administrativas previstas em lei.

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A segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa dos bovinos e bubalinos com idade até 24 meses, na Bahia, começa nesta sexta-feira (1º) e prossegue até o fim do mês de novembro. A redução da faixa etária vacinal vale também para a Zona de Proteção. 
 
O parecer favorável do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgado no último dia 23, igualou os municípios de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Mansidão, Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Buritirama ao restante do estado na estratégia de imunização.
 
A conquista para os criadores foi resultado de intenso trabalho do Governo do Estado, por intermédio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri). Aproximadamente 270 mil pecuaristas serão atendidos e cerca de sete milhões de cabeças entre bovinos e bubalinos, com idade superior a 24 meses, ficarão isentos de vacinação.
 
Essa quantidade representa uma redução direta da ordem de R$ 13,5 milhões para os criadores nos custos da produção da pecuária baiana. A Zona de Proteção agregou a estes números cerca de 10 mil criadores que antes vacinavam todas as 330 mil cabeças – jovens e adultas – para manter o rebanho livre da doença, pois os municípios fazem divisa com estados antes caracterizados com status sanitário de médio risco, e agora com reconhecimento nacional para livre de febre aftosa com vacinação.
 
Na avaliação do secretário Eduardo Salles, o maior benefício de todo o trabalho é tornar efetivamente igualitário o negócio pecuário, oferecendo as mesmas condições para os criadores de todo o território baiano e demonstrando. “A unificação da faixa etária vacinal é um demonstrativo do quanto estamos preocupados com o homem do campo, reafirmando o compromisso do governo também com os criadores da Zona de Proteção”.
 
Estabilidade sanitária – A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste, com 11.173.003 de cabeças e tem apresentado, nos últimos anos, uma estabilidade sanitária referenciada nacionalmente. Segundo a superintendente federal do Ministério da Agricultura (Mapa/SFA) na Bahia, Virgínia Hagge, “as atividades para garantir a sanidade do rebanho baiano vêm sendo consolidadas a cada ano pelo governo estadual através de ações de políticas públicas. O MAPA atendeu ao pleito por acreditar no trabalho da Adab e na responsabilidade dos criadores”.
 
O presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, afirma que, mesmo diante da forte seca que se iniciou em 2011, a Seagri/Adab desenvolveu medidas que mantiveram o índice vacinal acima de 90%. “Nesse momento, temos que continuar unindo esforços e compartilhando responsabilidades para não comprometer o patrimônio da pecuária do estado”.
 
Nota fiscal – No prazo de até 15 dias após a aplicação da vacina, os criadores devem comparecer às unidades da Adab, munidos da nota fiscal de compra, para declarar todo o rebanho de bovinos e bubalinos, por sexo e faixa etária.
 
O diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, esclarece que, além de atualizar o número de nascimentos e de óbitos, de acordo com o cadastro, é preciso informar todos os equinos, caprinos, ovinos, suínos, asininos, muares, aves, abelhas e animais aquáticos existentes nas propriedades.
Os produtores que não possuem animais nesta faixa de idade (isentos da vacinação), também estão obrigados a declarar e atualizar seu rebanho, evitando sanções administrativas previstas em lei.
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