Acorda Cidade
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia do Governo Federal, e o Governo do Estado da Bahia iniciam uma importante parceria para a execução das obras da Biblioteca Anísio Teixeira, em Salvador, e Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica. Ao todo, elas contarão com investimentos de R$ 13,4 milhões, advindos do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).
A nova Biblioteca Anísio Teixeira (BAT), equipamento gerido pela Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa), funcionará em duas edificações geminadas situadas na Avenida Sete de Setembro, antiga Ladeira de São Bento, área central de Salvador. O investimento total no restauro e implantação do equipamento somará R$ 7,5 milhões. Segundo Laura Galvão, diretora da BAT, a obras “vem, justamente, para agregar valores ao nosso espaço e acervo”.
O local contará com sala de exposição temporária, setor de empréstimo e periódicos, videoteca, salas multiusos, sala de estudos individuais, setor de estudo, pesquisa e referência, setor infantil e auditório. O pátio externo funcionará como espaço de convivência para realização de atividades culturais e educativas da instituição, além de abrigar um café.
Em Itaparica, a Biblioteca Juracy Magalhães Júnior (BJMJr), também administrada pela FPC, receberá quase R$ 6 milhões para obras de restauro, climatização e acessibilidade. A intervenção preservará o projeto arquitetônico modernista de autoria de Diógenes Rebouças e os jardins internos concebidos por Roberto Burle Marx. Soraia Alves, diretora da unidade, considera a reforma como uma possibilidade do “espaço se adequar aos novos padrões de biblioteca”.
Entre as ações previstas estão a implantação de sistema de climatização, de combate a incêndio, construção de novas edificações para abrigar uma guarita e áreas técnicas e administrativas. O imóvel também será equipado com novas divisórias móveis acústicas, tornando o espaço flexível e possibilitando sua adaptação para diversos usos, como oficinas e exposições, ou mesmo como auditório.
Mário Vítor Bastos, coordenador do PAC Cidades Históricas da Bahia, avalia as reformas como “uma conquista. É mais um passo na luta pela preservação e recuperação do patrimônio cultural”.