O menino I. N. O., de um ano e dois meses, supostamente picado por uma aranha marrom em Alagoinhas, na Bahia, no dia 21 de fevereiro, está na pediatria do Hospital Jorge Valente, em Salvador. A criança voltou ao hospital baiano depois de três meses internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo. A situação dele é estável e a criança respira sem ajuda de aparelhos.
Igor foi contaminado por um fungo, um microorganismo chamado zicomiceto. A infecção causou entupimento de artérias e levou à necrose, a morte do tecido. Ainda em Salvador, os médicos amputaram a perna esquerda do menino. Em São Paulo, parte de um rim também teve que ser retirada.
A equipe médica disse não ter como confirmar se o fungo entrou no organismo da criança pela suposta picada da aranha, como se suspeitava no início.
– Na literatura existem poucos casos dessa infecção e em alguns casos ela está associada à picada da aranha. Não podemos afirmar que ele foi picado pela aranha porque ela não foi trazida – pontua Humberto Alves, diretor do Hospital Jorge Valente.
No longo período de internação na capital paulista, Igor teve complicações. O menino sofreu uma paralisia no diafragma, que é um músculo abaixo dos pulmões, um derrame na pleura, a membrana que envolve os pulmões e uma infecção por bactéria em uma costela.
Os médicos estão avaliando a extensão desses problemas para continuar o tratamento. Não há por enquanto previsão de alta. Para a família, o pior já passou.
– Ele brinca, ele ri, ele faz tudo que uma criança da idade dele faz – conta Jamile Nascimento, mãe de Igor.
As informações são do O Globo