Bahia
Banco pagará tratamento de músico vítima de saidinha bancária, determina TJ-BA
Atualmente, a família tem o custo de R$13 mil por mês para manter o tratamento do músico
Acorda Cidade
O banco Bradesco deverá arcar com os custos pessoais e com o tratamento médico do músico Paulo César Perrone, vítima de uma saidinha bancária em julho de 2011, conforme liminar concedida pela 12ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Salvador tomada nesta quinta-feira (12). De acordo com o juiz Claudio Fernandes de Oliveira, em caso de descumprimento da ordem judicial, a empresa deverá pagar uma multa diária de R$ 500.
Em sua decisão, o juiz esclarece que cabe ao banco garantir a segurança do cliente durante a realização de serviços no referido estabelecimento. No caso de Paulo Perrone, que teve R$ 3 mil roubados após realizar um saque na agência do Bradesco, o banco falhou ao não garantir privacidade durante a retirada do dinheiro, que pôde ser visualizado por outras pessoas presentes no local.
A fragilidade na segurança interna do banco teria permitido que um assaltante que estava dentro do banco indicasse a outros suspeitos que estavam do lado de fora da agência bancária que o roubassem. Segundo familiares, as imagens das câmeras de segurança do banco mostram o momento em que o "informante" da quadrilha ligou, de dentro da agência, para avisar aos integrantes da quadrilha que Perrone seria a próxima vítima.
Atualmente, a família tem o custo de R$13 mil por mês para manter o tratamento do músico, o que havia gerado uma mobilização de amigos e familiares de Perrone nas redes sociais.
Perrone foi baleado na cabeça, no dia 19 de julho de 2011, quando passava com o seu carro, um Fiat Uno, na Alameda das Espatódeas, no Caminho das Árvores. Vítima de uma saidinha bancária, ele foi abordado por dois homens em uma moto que efetuaram o disparo mesmo com o movimento intenso na via.
No dia 14 de agosto deste ano, os três homens acusados de latrocínio (roubo seguido de lesão corporal grave) ao músico foram condenados a pena máxima de 30 anos de reclusão, mas ficarão presos por 20 anos, já que tiveram suas sentenças reduzidas em um terço.
As informações são do Correio.
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