A Bahia foi o estado que mais gerou empregos formais na Região Nordeste em abril de 2023, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (31)
O estado fechou o quarto mês do ano com saldo positivo de 11.250 vagas, o melhor resultado do ano. Em março foram 9.438 vagas, em fevereiro 8.244 e em janeiro, 3.794. O resultado ajuda a reverter o desempenho negativo de dezembro de 2022, quando houve saldo negativo de 16.491.
Em quatro dos cinco setores avaliados a Bahia teve desempenho positivo. O saldo foi de 6.351 vagas no setor de serviços, 2.892 na indústria, 1.132 na agropecuária e 1.122 no comércio. O único setor com variação negativa na Bahia em abril foi o de construção, com -247. Com o resultado, o total de pessoas com carteira assinada na Bahia chegou a 1,93 milhão de trabalhadores.
Serviços e Indústria foram os setores que mais empregaram também em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado. Em seguida estão agropecuária, comércio e construção. O saldo de empregos no mês foi positivo com 864 novos postos formais de trabalho. Foram Foram 4.441 admissões e 3.577 desligamentos.
HISTÓRICO
Abril foi marcado pelo recorde histórico de 43 milhões de empregos formais no Brasil, o maior patamar já registrado na série histórica que tem início em janeiro de 2002. O país registrou um saldo positivo de 180 mil novos postos de trabalho. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2023 foram criados 705,7 mil empregos com carteira assinada em todo o Brasil.
ATIVIDADES – Os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldo positivo em abril. O setor de serviços foi o que teve melhor desempenho, responsável por 103 mil novos empregos formais. Na sequência aparecem comércio (27,5 mil), construção (26,9 mil), indústria (18,7 mil) e agropecuária (2,9 mil).
REGIÕES – Todas as cinco regiões apresentaram saldo positivo e 23 das 27 Unidades da Federação fecharam abril tendo gerado novos empregos com carteira assinada. A Região Sudeste, com 106.250 novos postos, foi a que mais gerou empregos formais no Brasil em abril. O destaque é São Paulo, mas outros dois representantes estão na lista de estados que mais geraram vagas. Minas Gerais aparece com 27,4 mil postos, em segundo, e o Rio de Janeiro em terceiro, com 18,1 mil empregos.
Depois do Sudeste, a Região Sul foi a segunda com maior saldo: 27,9 mil vagas, com destaque para o Rio Grande do Sul (11,4 mil). O Centro-Oeste fechou o mês com 25 mil postos formais registrados, impulsionado pelas 11,9 mil contratações em Goiás.
Na sequência, aparece a Região Nordeste. Os cinco estados que apresentaram desempenho positivo em abril foram responsáveis pela abertura de 21.401 novos postos formais de trabalho. A Bahia foi o destaque, com 11.250 empregos. Na sequência, aparecem o Ceará (4.488), o Maranhão (2.202), o Piauí (1.883) e o Rio Grande do Norte (1.578). O saldo no Nordeste (11.166), contudo, foi menor do que as mais de 21 mil vagas criadas na região porque quatro estados apresentaram resultado negativo no mês em função da redução da fabricação de açúcar, que afeta diretamente Sergipe (-569), Pernambuco (-2.423), Paraíba (-3.181) e Alagoas (-4.062).
Já a Região Norte teve saldo positivo de 10,8 mil vagas, com destaque para o Pará, onde foram criadas 6 mil novas vagas formais.
GRUPOS
No recorte por grupos populacionais, o saldo de abril foi positivo para mulheres (72,8 mil) e para homens (107,1 mil), bem como para pardos (43,9 mil), brancos (17,6 mil), pretos (10,7 mil), amarelos (215) e indígenas (105). Paralelamente, o MTE atua para reduzir o grande número de declarações com raça/cor não informada, que representaram neste mês um saldo de 108 mil. Na população com deficiência identificou-se um saldo positivo de 1.118 postos de trabalho.
O Novo Caged é responsável pelas estatísticas do emprego formal no país por meio de informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.
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