Bahia

Aeroporto de Salvador treina empregados para identificar e evitar tráfico de pessoas

A ação consiste na conscientização de profissionais e passageiros sobre a importância da prevenção do tráfico humano e do trabalho análogo à escravidão.

Aeroporto de Salvador
Foto: Maiana Belo/G1

Trabalhadores do aeroporto de Salvador começam a receber estar semana capacitação para identificar e reprimir possíveis casos de tráfico de pessoas e trabalho escravo. O treinamento é fruto de uma parceria do Ministério Público do Trabalho (MPT) com a Salvador Bahia Airport, integrante da rede Vinci Airports, para a implantação no terminal do projeto Liberdade no Ar. A ação consiste na conscientização de profissionais e passageiros sobre a importância da prevenção do tráfico humano e do trabalho análogo à escravidão.

A capacitação acontece em duas datas, 26 de abril e 4 de maio, e tem como objetivo preparar os profissionais para identificar casos suspeitos e acionar as autoridades competentes, reforçando o compromisso do Salvador Bahia Airport em agir com responsabilidade social, instruir e capacitar funcionários e passageiros. Participam da capacitação, que será realizada com palestras para os trabalhadores, a procuradora do MPT Carolina Ribeiro, e o coordenador de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo da Secretaria da Justiça e Direitos Humanos do estado, Admar Júnior.

Desde o ano passado, o terminal exibe em áreas restritas para trabalhadores uma campanha do projeto que alerta para os casos que podem ser evitados com o desenvolvimento de um olhar mais atento de quem atua nos terminais de passageiros. São vídeos, cartazes e banners mostrando situações de tráfico de pessoas. Parte desse material, que está disponível com legendas em inglês, também foi exibida recentemente em televisão e rádio, numa parceria do MPT com a TV Bend Bahia e a rádio Band News FM salvador.

O tráfico humano é uma violação aos direitos humanos que afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas e movimenta mais de US$30 bilhões todos os anos no mundo, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). No Brasil, a prática é crime previsto na Lei nº 13.344, de 6 de outubro de 2016, que determina sua prevenção e repressão, bem como a atenção a suas vítimas. Para enfrentar o problema, adicionando ao trabalho desenvolvido pelos órgãos de controle, o MPT desenvolveu o projeto Liberdade no Ar para desenvolver nos profissionais que atuam em terminais de passageiros a capacidade de identificar e intervir em casos suspeitos de tráfico de pessoas.

O Liberdade no Ar foi inspirado na história da comissária de bordo americana Shelia Fedrick, que salvou uma menina vítima de tráfico de pessoas em 2011, após desconfiar do modo como o acompanhante a tratava durante o voo da Alaska Airlines, entre Seattle e San Francisco, nos Estados Unidos. O projeto conta com parceria da campanha Coração Azul, da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad), da Organização das Nações Unidas (ONU) – Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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