Greve da PM

'A única coisa que falta é a revogação das prisões', diz líder sobre fim da greve

Secretário afirma que a revogação das prisões não depende do governo do Estado e sim da Justiça

Acorda Cidade

 

A anistia a todos os policiais militares envolvidos na greve parcial e anulação dos mandados de prisão dos 12 líderes do movimento é a principal reivindicação dos grevistas para por fim à paralisação.
 
Marco Prisco, presidente da Aspra e líder dos grevistas, disse em entrevista a emissoras locais de televisão que as negociações sobre o pagamento de gratificações de atividade policial V e IV (GAPs) podem ficar para depois, pois a prioridade é a anistia dos PMs.
 
"Tem uma pauta que tem que ser discutida primeiro, que é a questão da revogação das prisões. Sem a discussão dessa pauta, não outra discussão. A pauta não é a questão da GAP", disse. Com a revogação das prisões, o líder grevista garantiu que a greve será encerrada: “só basta revogar as prisões dos policiais militares honestos baianos. Revogando, (a greve) acaba agora".
 
Prisco defendeu ainda que os policiais militares não estão envolvidos em atos de vandalismo cometidos na cidade desde o início da greve. “Apesar de nos acusarem, os atos de vandalimo não foram cometidos por mim nem por outros policiais. Não cometemos crime nenhum. A prova é que o crime aumentou três vezes depois que iniciamos a greve. E estamos todos aqui dentro (na Assembleia Legislativa)”, disse.
 
Decisão judicial – Mas o secretário de comunicação Robinson Almeida relatou, também em entrevista a uma emissora local, que a revogação das prisões não depende do governo do Estado.
 
“Essa questão depende da Justiça, que determinou as prisões. O governo não tem como prorrogar a decisão da Justiça. Ainda tem 10 pessoas com mandado em aberto. Eles (os grevistas) devem pedir à Justiça a revisão da decisão judicial. As outras questões que dizem respeito ao governo foram 100% atendidas”, afirmou.
 
Os pontos citados pelo secretário que foram atendidos são: o pagamento da GAP V a partir de novembro de 2012 e da GAP IV a partir de 2013, os policiais que participaram da greve de forma pacífica não serão punidos, e aqueles que cometeram atos de vandalismo durante a paralisação responderão a processos administrativos.
 
Uma nota sobre as reivindicações atendidas está sendo divulgada pelo governo estadual nos meios de comunicação nesta quarta-feira. Leia a nota na íntegra:
 
A implantação escalonada da Gratificação por Atividade Policial GAP IV, a partir de novembro de 2012, de forma que todo o efetivo da Polícia Militar seja promovido até 2015 à GAP V, principal reivindicação da categoria, foi a proposta apresentada, nesta terça-feira (7), pelo Governo do Estado aos policiais militares.
 
Além disso, está assegurado o reajuste de 6,5%, retroativo a janeiro de 2012. Essas propostas irão assegurar ganhos escalonados no período que chegarão a 38,89% para os soldados, graduações que correspondem aos maiores contingentes da tropa.
 
O Governo também resolveu desconsiderar, pela via legal, como infração administrativa disciplinar, as situações que envolvam, exclusivamente, a paralisação pacífica do serviço durante o período do movimento. As informações são do Correio.
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