Cultura

Filarmônica 25 de março rumo aos 150 anos

A '25' mantém a tradição de participação em eventos cívicos e religiosos que juntamente com o fortalecimento da memória e pertencimento não só da Filarmônica 25 de Março ajudam na manutenção da história da cidade de Feira de Santana.

Felipe Farias

Fundada em 25 de Março de 1868, a Sociedade Filarmônica 25 de Março vem sendo resgatada com toda eminência. Com a criação da escola de música Maestro Estevam Moura em 2014, a 25 de Março vem formando novos músicos para a composição da sua banda musical junto a músicos veteranos e os educando conscientes com as raízes que ligam a história dos seus antepassados. Regida pelo maestro Antônio Neves, recentemente premiado pelo prêmio culturas populares Leandro Gomes de Barros realizado pelo Ministério da Cultura, a “25” mantém a tradição de participação em eventos cívicos e religiosos que juntamente com o fortalecimento da memória e pertencimento não só da Filarmônica 25 de Março ajudam na manutenção da história da cidade de Feira de Santana.

Trazendo em seu repertório os tradicionais dobrados, marchas, maxixes e hinos religiosos, a Filarmônica 25 de Março realizou no ano de 2017 onze tocatas. A primeira delas foi a participação no VI Festival de Filarmônicas Princesa do Sertão. O festival organizando pelo núcleo de preservação da memória feirense da fundação senhor dos passos, realizado em maio no casarão Fróes da Motta, marcou em a celebração dos 149 anos de fundação da 25 de Março. Na oportunidade merece destaque a apresentação do Hino do Fluminense de Feira de autoria do feirense Antonio Moreira. O arranjo elaborado pelo maestro Antonio Neves teve sua primeira interpretação nessa oportunidade com a presença, na plateia, de torcedores e conselheiros do clube, trazendo emoção aos presentes.

Já no mês de Junho a Filarmônica 25 de Março, fez o fieis da comunidade católica do conjunto Feira VI, se emocionarem e elevarem seus louvores ao Sagrado Coração de Jesus. Com procissão pelas ruas do bairro a filarmônica contribuiu para a meditação, louvor e oração dos devotos proporcionando para aqueles que nunca viram o cortejo religioso desfrutarem da tradição da religiosidade católica com o acompanhamento da filarmônica.

No mês de julho a filarmônica 25 de Março participou da recepção da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida na Paroquia São José Operário, imagem que faz parte do projeto rota 300, pelas comemorações dos 300 anos da aparição da imagem no vale do Paraíba em São Paulo, que se tornou padroeira do Brasil. Data especial e emocionante para os paroquianos presentes, pois finalizava o Seminário da Família realizado pela pastoral familiar da referida paróquia. Dentro do repertório a “25” interpretou a canção Nossa Senhora de autoria do Rei Roberto Carlos, trazendo lágrimas aos presentes. Cabe registrar a presença do Arcebispo Emérito Dom Itamar Vian que presidiu a Santa Missa deste momento faustoso para a paróquia São José Operário.

Uma das apresentações mais emocionantes do ano, realizada no mês de agosto, foi a participação na festa de São Roque, no povoado homônimo pertencente ao distrito de Jaíba. Lugar que carrega a história da igreja de São Roque construída no final do século XIX e o povoado que, com pouco mais de 100 moradores que traz consigo uma beleza e simplicidade do povo do campo. O líder espiritual da comunidade, frei José Monteiro Sobrinho, em sua homilia relatou “sobre a importância das filarmônicas no país e que essas precisam ser mais valorizadas pela memória que trazem consigo”. Neste dia ficou marcado a apresentação do dobrado Dois Corações de autoria de Pedro Salgado e arranjos de Antônio Neves, contagiando o público presente pela bela melodia.

No mês de setembro a participação nas tradicionais procissões do Senhor do Bomfim, realizada pela paróquia do Senhor do Bomfim do bairro Jardim Cruzeiro, e a procissão do Senhor dos Passos realizada pela paróquia de mesmo nome, trouxeram reminiscências aos mais antigos no que diz respeito a presença das filarmônicas em outras procissões como na da padroeira do município, Senhora Sant’Ana, e elogiavam a volta da Filarmônica 25 de Março a comunidade feirense.

Assim ocorreu no mês de outubro em que a “25” esteve presente em duas procissões. A da Paróquia São Francisco de Assis no Bairro Gabriela, acompanhado pela presença do Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana Dom Zanoni Castro e a de São João Paulo II, coordenada pelo Pe. Hipólito Gramosa.

No final do mês de novembro a filarmônica 25 de Março se apresentou no Bairro da Conceição para uma plateia de mais 300 pessoas, a convite da Escola Nova Geração. No repertório os tradicionais dobrados, marchas e músicas populares como Asa Branca de Luiz Gonzaga e finalizando com músicas Natalinas. O evento proporcionou o encontro da filarmônica com o ambiente escolar e apresentar um pouco da história de Feira de Santana aos moradores do bairro da Conceição.

Finalizando as apresentações do ano de 2017, em dezembro, a Filarmônica participou do encerramento do Projeto Acordes edição de 2017 realizado pela Belgo Bekaert em parceria com a Secretaria de Educação do município de Feira de Santana. O evento ocorreu no casarão Froes da Motta e contou com apresentação dos estudantes da escola municipal Ana Brandoa e Valdemira Alves de Brito.

Por fim, depois de 10 anos, a Filarmônica 25 de Março voltou a se apresentar no coreto da praça da Catedral de Sant’Ana, executando belíssimos dobrados, entre eles Presidente Carlos Brito, que homenageia seu atual presidente da instituição, e músicas como My Way conhecida na voz de Frank Sinatra. A tocata fez parte da programação do Natal Encantado, realizado pela prefeitura municipal de Feira de Santana.

A grande expectativa tanto para os seguidores, como para diretoria, é o ano de 2018, ano que a Sociedade Filarmônica 25 de Março completa 150 anos de fundação. Para o presidente Carlos Brito “2017 foi especial para filarmônica. O ano de 2018 marca as comemorações do sequicentanário e temos uma programação extensa de atividades para a sociedade. Agradecemos todos que colaboraram ao sucesso da filarmônica, diretores, músicos, familiares, beneméritos e adeptos que amam essa instituição e não a deixam morrer”.


 

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