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A pandemia esquecida, por André Curvello

As lições da pandemia foram esquecidas rapidamente por uma politicagem - como tal rasteira -, que mantém o Brasil sempre na fronteira com o abismo. Lágrimas esquecidas na história dão lugar ao vale tudo para abalar a República. Até quando?

Foto: Joilson Cesar/BNews
Foto: Joilson Cesar/BNews

Recentemente, veículos de comunicação publicaram e repercutiram textos baseados na delação premiada de uma empresária que, em plena pandemia da Covid-19, chegou a ser presa na Bahia por receber dinheiro público para a venda de respiradores e não entregar os equipamentos. Nessa delação, supostamente vazada, ela tenta implicar o então governador Rui Costa. O fato foi ainda mais valorizado porque hoje ele é ministro.

Sobre isso, escreveu em A TARDE o conceituado jornalista baiano Levi Vasconcelos: “Rui Costa, que nunca teve o nome associado a corrupção em tempo algum, entrar logo numa dessa seria o suprassumo da estupidez”. Levi sempre lúcido.

Não estou aqui para julgar os interesses de quem planeja ataques sistemáticos contra este ou aquele ministro ou mesmo contra o presidente Lula. Chamo a atenção destes, de que o país continua dividido e com a extrema direita muito forte tendo o bolsonarismo como seu carro-chefe. Português claro: Bolsonaro vive e existe sim.

Como titular da pasta de Comunicação do Governo do Estado testemunhei diariamente as agruras da pandemia e como as políticas de combate ao seu alastramento e minimização de danos e mortes foi implantada graças à liderança do hoje ministro Rui Costa, do trabalho incansável de profissionais da saúde e de pessoas como o secretário de Saúde Fábio Villas-Boas, posteriormente sucedido por Tereza Paim.

A propósito, nesta questão dos respiradores Rui foi intransigente contra as três empresas que tentaram lesar a Bahia e outros estados associados ao Consórcio do Nordeste, acionando a Procuradoria Geral do Estado. Tanto que duas delas foram obrigadas a devolver a integralidade dos recursos públicos recebidos. A terceira empresa chegou a ter seus sócios presos, inclusive a delatora já citada. No entanto, foram soltos logo depois.

Em março de 2020, a covid-19 chegou à Bahia, impondo um desafio sem precedentes ao Governo do Estado. Naquele momento, a incerteza pairava sobre o futuro e a necessidade de medidas eficazes para proteger a população era urgente.

Sob a liderança de Rui Costa, o Governo se mobilizou rapidamente para enfrentar a pandemia. Um planejamento estratégico foi elaborado, com foco na contenção da disseminação do vírus, na proteção da população e no salvamento de vidas. No auge da pandemia, em 2021, o Governo do Estado chegou a disponibilizar 3,5 mil leitos para pacientes da covid em toda a Bahia.

A vacinação foi considerada uma das principais armas no combate à pandemia. O Governo montou uma estrutura logística robusta para garantir que as vacinas chegassem a todos os 417 municípios do estado. Câmaras frias, freezers e ultrafreezers foram adquiridos para armazenar as doses. Seringas e agulhas foram compradas em grande quantidade para garantir a aplicação das vacinas.

Para ampliar a capacidade de atendimento e oferecer suporte à crescente demanda por leitos de UTI, o Governo da Bahia investiu R$ 2,5 bilhões em obras, equipamentos e recursos humanos. Unidades de saúde foram ampliadas e reformadas, e novos leitos de UTI foram abertos, incluindo a instalação de um hospital de campanha no estádio da Arena Fonte.

Essas ações no combate à pandemia foram reconhecidas por entidades nacionais e internacionais. Em 2021, o estado recebeu o Prêmio “Boas Práticas em Gestão Pública” na categoria “Enfrentamento à covid-19”.

Ou seja, o Governo da Bahia agiu de forma exemplar no combate à pandemia da covid-19. As medidas eficazes e o planejamento estratégico implementados resultaram em um dos menores índices de mortalidade do país, salvando milhares de vidas. A Bahia se destacou, mais uma vez, como um exemplo de responsabilidade, eficiência e compromisso com o bem-estar da população.

As lições da pandemia foram esquecidas rapidamente por uma politicagem – como tal rasteira -, que mantém o Brasil sempre na fronteira com o abismo. Lágrimas esquecidas na história dão lugar ao vale tudo para abalar a República. Até quando?

Por André Curvello
Secretário de Comunicação Social da Bahia

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