Jerônimo iniciou sua trajetória como artista profissional numa exposição individual no Museu Regional de Arte (no mesmo edifício onde hoje está o Museu de Arte Contemporânea – MAC) no dia 1º de junho de 1974, aos 16 anos de idade. E em maio de 2024 ele volta ao mesmo local para comemorar 50 anos de carreira. Nestas cinco décadas, o artista construiu uma obra prolífica e versátil, com dezenas de exposições e transitando em diversas formas de expressões artísticas.
Nesta exposição comemorativa, estão expostas esculturas, desenhos, gravuras e pinturas, todas produções recentes. O universo temático das obras tende a se concentrar em figuras humanas, mas dentro deste universo há uma grande variação que explora diversos aspectos do humano, do divino ao cotidiano, do masculino ao feminino, do maravilhoso (carrancas) ao social (trabalhadores do campo). Há também uma forte marca de territorialidade em suas obras, que remetem, seja pela estética, seja pelos temas, à realidade e ao imaginário nordestinos.
Sobre o título da exposição, “Olhos de colheita”, há uma explicação. Recentemente, Jerônimo, que nasceu em Feira de Santana, mas mora há mais de 15 anos em Ibicoara, na Chapada Diamantina, pegou a mania de desenterrar pedras. Se alguma pedra lhe chama atenção, ele pega enxada e a desenterra. Depois, lava a pedra, descansa ela ao sol e a guarda junto com as outras pedras que já havia desenterrado. Ele vê em cada pedra dessas uma beleza singular, e é contagiante ouvi-lo falar sobre elas.
A exposição terá início no dia 23 de maio, a partir das 19h30 e ficará no Museu até o dia 22 de junho.
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