Exposição fotográfica no MAC homenageia feirense recém-falecido participante da mostra

Até o dia 13 de setembro os aficionados da arte fotográfica poderão acompanhar no Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira (MAC), localizado na rua Professor Geminiano Costa, a Mostra Fotográfica Panorama 2024, iniciada no dia 15 deste mês e que reúne cerca de 60 trabalhos de vários profissionais premiados, até internacionalmente, e jovens fotógrafos, alguns praticamente iniciantes, numa diversidade interessante que pode ser analisada tanto pelo aspecto técnico, como pela extensão temática sem qualquer rotulação, tratando-se de uma mostra com abordagem livre.

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A expor alusiva ao Dia Mundial do Fotógrafo – 19 de agosto -, presta uma homenagem especial ao fotógrafo feirense José Nicolau Almeida Junior, autor de interessantes obras sobre Feira de Santana através do tempo, o que significa mostrar o passado da cidade e projetá-la à frente, imaginando-a dentro de mais algum tempo. ‘Como seria Feira no futuro’, é a ideia expressa mediante a sua visão futurista, sobre a princesa do sertão, com o aspecto urbano por ele idealizado.

Esses trabalhos fazem parte da mostra e conforme o premiado José Ângelo Pinto, que coordena a exposição, como curador, José Nicolau, um dos idealizadores do importante evento, lamentavelmente faleceu no dia 12 de junho deste ano, não tendo o prazer de ver a mostra fotográfica que ele muito contribuiu para ser realizada.

Com todos os espaços disponíveis do MAC, ocupados com os trabalhos, o público pode ver a arte de nomes consagrados como Rui Rezende, Antônio Vieira, Tarciso Albuquerque, Antônio Medrado e os feirenses Juracy Dórea, José Arcanjo e José Ângelo Pinto, este com o destaque de já ter exposto em Portugal, França e Suíça. Ângelo faz referencia a Rui Rezende como “o fotógrafo com mais livros publicados no Brasil”.

Os registros fotográficos de Rezende, na cidade mineira de Ouro Preto (Vila Rica), e do médico Antônio Medrado, no Canadá, este em preto e branco, chamam atenção como exemplo de apurada técnica e angulação irrepreensível o que, aliás, também palpita nos demais. Entre os mais novos não falta qualidade nas obras de Ariane Aline, Ana Reis, Graça Coutinho, Tecia Borges e outras.

A diretora do Museu, Geórgia Pitombo Vieira, acredita em uma grande visitação até o dia 13 de setembro, quando haverá o encerramento, levado em conta a qualidade dos trabalhos e o expressivo número de expositores, sem se falar na diversidade de técnicas aplicadas, já que alguns trabalharam com câmaras fotográficas mais sofisticadas, outros com câmeras simples e até mesmo com telefone celular. E alguns, a exemplo do dr. Antônio Medrado, com fotos em preto e branco e Ângelo Pinto, primam em usar seus apurados conhecimentos para enriquecer visualmente os seus trabalhos.