Pela primeira vez em Feira de Santana, o espetáculo infantojuvenil “E Assim Surgiu Um Circo” será apresentado nos dias 20, 21 e 22 de março, com sessões às 10h e 16h, no Centro de Cultura Amélio Amorim. Além das apresentações, o projeto oferece uma oficina gratuita de investigação e criação cênica em circo-teatro.
Apresentado pelo grupo O Cirquinho, o espetáculo, que já foi aplaudido no Rio de Janeiro, conta a história de Atu e Oriba, dois personagens que partem de suas comunidades em uma jornada repleta de cantigas, brincadeiras, acrobacias e palhaçadas. Sob o céu de uma floresta, eles criam um circo único, como nenhum outro já visto. A narrativa, baseada em pesquisas sobre circo-teatro e a linguagem do palhaço, promove momentos de humor e reflexão, valorizando as culturas afro-diaspóricas, o respeito aos mestres e anciãos, e o senso de comunidade.
Com trilha sonora original inspirada em ritmos afro-brasileiros, a dramaturgia do espetáculo aborda, de forma leve e lúdica, questionamentos sobre histórias únicas e o surgimento do circo. A apresentação inclui acrobacias de dupla, malabarismo e perna de pau, além de contar com audiodescrição e tradução simultânea em Libras.
O projeto “E Assim Surgiu Um Circo” foi contemplado pela Rede de Artes da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e financiado pela Bolsa Funarte de Circo Carequinha 2023, através do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
Oficina gratuita de circo-teatro
No dia 18 de março, mês dedicado ao circo e ao teatro, o grupo O Cirquinho oferece uma oficina gratuita de investigação e criação cênica em circo-teatro, das 18h às 22h, nas salas multiuso do Amélio Amorim. As inscrições são gratuitas.
Segundo o diretor teatral e fundador do O Cirquinho, Jean Fontes, a oficina tem como objetivo apresentar o método de pesquisa do grupo, que utiliza o circo-teatro como ferramenta cênica, dramatúrgica e corporal.
“A ideia é mostrar que o circo não é só aprender uma técnica e realizá-la, mas que é um instrumento de pesquisa. Quando a gente traz isso para o teatro, isso ganha outras camadas e linguagens. A oficina será prática, e os participantes terão a oportunidade de criar e montar cenas”, explica Fontes.
O Cirquinho
Além do espetáculo “E Assim Surgiu Um Circo”, o grupo possui em seu repertório a peça Tudo que Eu (Não) Vivi”, voltada para o público adulto, e as cenas curtas “Feito de Água” e “O Cirquinho de Dois”.
Jean Fontes, além de diretor do grupo, é psicólogo clínico com abordagem em Gestalt-Terapia e doutorando em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela UFRJ, onde pesquisa questões étnico-raciais, juventudes e metodologias decoloniais.
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