Concursos

Alvo de tentativa de fraude, concurso da PRF está parado há 9 meses

O concurso arrecadou cerca de R$ 11 milhões com taxa de inscrição. Há três processos na Justiça envolvendo a polícia e a organizadora. PRF reconhece escassez de funcionários e quer que seleção prossiga.

Acorda Cidade

Há nove meses cerca de 110 mil candidatos aguardam o desfecho do concurso para 750 vagas em todo o país na Polícia Rodoviária Federal (PRF), cujo edital foi lançado cerca de um ano atrás. Após a prova, aplicada em outubro do ano passado, ter sido alvo de tentativa de fraude, a seleção foi suspensa a pedido do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, em 25 de novembro.

Três processos correm na Justiça envolvendo a PRF e a organizadora do exame, a Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio). A briga ainda pode levar anos, caso os dois lados lancem mão de todos os recursos possíveis, segundo a Advocacia Geral da União (AGU). 

O concurso arrecadou cerca de R$ 11 milhões com taxa de inscrição. Em janeiro passado, a PRF rescindiu unilateralmente o contrato com a Funrio, alegando descumprimento por conta da quebra de sigilo da prova, e pediu a devolução de parte do dinheiro das taxas pagas pelos candidatos.
 
No contrato está previsto que, dos R$ 100 de cada inscrição, R$ 16 seriam devolvidos à União e o restante ficaria com a Funrio para as despesas do concurso. A Funrio, por sua vez, quer continuar na seleção. Diz que, após o surgimento de suspeitas de fraude, eliminou 27 candidatos que estariam envolvidos.
 
A maioria estava na lista dos que obtiveram as melhores notas no exame. Esses candidatos haviam sido classificados na lista preliminar de aprovados na prova, mas, segundo a Funrio, os cartões de respostas deles estavam com as alternativas marcadas parecidas, aparentando terem vindo do mesmo gabarito. Os suspeitos ainda tinham feito as provas em salas extras. 
 
Segundo a advogada da União Ludmila Tito Fudoli, responsável pelas ações judiciais em nome da PRF por meio da AGU, entre os processos judiciais na Seção Judiciária do Distrito Federal, dois são da PRF contra a Funrio e um da organizadora contra a União. As informações são do G1.
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