Maior operadora de TV paga do país, a Net ainda não desistiu de oferecer conteúdo em 3D até o final deste ano, como anunciou em fevereiro, entusiasmada com os resultados das transmissões do Carnaval do Rio de Janeiro com a nova tecnologia.
Mas a operadora já não trabalha com a hipótese de lançar ainda em 2010 um canal linear, com 24 horas de programação tridimensional. Motivo: faltam conteúdo e telespectadores.
"O ritmo está devagar, tanto de vendas de televisores [em 3D] quanto de produção de conteúdo", diz Marcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net. "Mas ainda não arredamos pé de oferecer 3D neste ano".
A produção em 3D ainda é muito dependente do cinema. A Globo já grava cenas de novelas em 3D, mas em caráter experimental, sem sequência. A emissora também busca parcerias com fabricantes de televisores e câmeras para captar jogos de futebol em 3D.
Entre as programadoras, a Globosat planeja um canal 3D apenas no final de 2011 ou início de 2012. A Discovery lançará canal em 3D nos EUA apenas no início do ano que vem e ainda discute qual estratégia adotará nos outros países.
No lugar de um canal linear, a Net deverá oferecer conteúdo em 3D primeiramente em serviço de vídeo sob demanda, a ser lançado até o final do ano. Ela poderia, apenas como exemplo, oferecer filmes como Avatar ou jogos eventuais.
"Eu particularmente não vejo a possibilidade no curto curto de ter um canal em 3D. Falta programação e o 3D ocupa muita banda. O 3D poderá ser oferecido em video on-demand", afirma José Felix, presidente da Net.
(As informações são do R7)