Andréa Trindade
Frank Oliveira Borges, o Frank Calderon, preso em novembro de 2008 sob a acusação de envolvimento com o tráfico internacional de mulheres, foi absolvido ontem (24) do processo que respondia em liberdade desde o dia 25 de março deste ano, quando foi liberado do Presídio Regional de Feira de Santana.
Segundo Rogério Melo, advogado do acusado, o Ministério Público não conseguiu provar qualquer tipo de indício da participação dele no crime, por faltas de provas. O advogado entrará com uma reivindicação de reparação moral pelo tempo em que Frank Calderon, ficou preso, que foi de um ano e seis meses, em regime fechado. Rogério explicou que quando uma prisão preventiva é feita de maneira ilegal, como aconteceu segundo ele, no caso do seu cliente, cabe uma ação própria de reparação sofrida pelo tempo de prisão cumprida.
“Ficar preso em regime fechado, no meu ponto de vista, retira uma parte da vida da pessoa e isso merece uma ação própria”, concluiu.
Em novembro de 2008 o Ministério Público Federal através do procurador Geral da República Vladimir Aras, denunciou 11 pessoas por tráfico internacional de Mulheres. De acordo com o procurador, na época, os acusados utilizavam o serviço de estelionatários que emitiam passagens aéreas com cartões de créditos clonados e de aliciadores que recrutavam as garotas. Das 11 pessoas denunciadas quatro são de Feira de Santana.
O empresário do setor de automóvel de Feira de Santana, Bruno Silva de Santana, conhecido como “Bruno do Pega”, foi condenado a 8 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão pelo crime. A pena será cumprida em regime inicialmente fechado, sem direito de recorrer para processo em liberdade. Também foi condenada, pelo mesmo crime, Rogéria Matos de Santana, a quem foi acrescida mais um mês na pena: 8 anos, 11 meses e 15 dias.
Além de Bruno e Rogéria Matos, está preso, Adalto Ferreira de Andrade. Estiveram presos Cesar Augusto de Souza, Thiago Machado Souza, Cristine Leão Batista, Odenício Dias, Ylana Caetano Dias, que respondem processo em liberdade. Thayse de Lima Barbosa e Vera Lúcia Pereira dos Santos estavam na Espanha e foram extraditadas para o Brasil no dia 12 de março deste ano e encntram-se presas no Presídio Regional de Feira de Santana, segundo informações transmitidas exclusivamente ao Acorda Cidade.
De acordo com a denúncia, duas quadrilhas foram desarticuladas. Os dois grupos enviavam mulheres para prostituição em clubes situados no balneário de Ibiza, na Espanha, e na cidade de Brescia, na Itália. De acordo com as estimativas, 32 mulheres foram enviadas para os países europeus. Segundo o Ministério Público Feredal, as passagens eram compradas com cartão de crédito clonado. (Com informações do repórter Aldo Matos, do programa Acorda Cidade).
Fonte: Acorda Cidade