Depois de uma série de problemas enfrentados pela população com o transporte público de Feira de Santana sob o comando da Princesinha e 18 de Setembro, o governo municipal conseguiu realizar uma nova concessão pública e trouxe para o município a Rosa e São João, com a promessa de um transporte público melhor. Mesmo com uma frota de ônibus novos, a população ainda não tinha sido convencida que a tão esperada melhoria estava se instalando aos poucos. Afinal, há uma consciência de que falta muito para o transporte de Feira chegar ao patamar denominado digno. Como se não bastasse o receio de que as outras ações que prometem a tal melhoria, como o BRT, não surtam o efeito esperado, agora a população tem mais um motivo para temer retrocesso no que já foi conquistado. Na segunda-feira (29), a Rosa alegou, em carta aberta à sociedade, problemas financeiros desde que assumiu parte do transporte em Feira de Santana. Um documento como esse expressa, no mínimo, um desentendimento entre a empresa e o governo municipal e deixa a todos nós em alerta com a possibilidade dos transtornos que a população feirense pode voltar a enfrentar, caso a situação não seja resolvida. O que aprendi na faculdade de administração é que não se faz um investimento, muito menos de R$ 50 milhões (valor que as empresas afirmam terem feito no transporte do município), sem um estudo de mercado. E se esse estudo foi feito, o que explica o prejuízo alegado pela empresa em um curto espaço de tempo? Comenta-se em bastidores que os empresários de ônibus já afirmaram que os veículos novos que estão em Feira de Santana podem rodar em qualquer outra cidade do país e eu entendi isso como uma ameaça. Mas e o edital da concessão, onde fica? As empresas chegam, trazem ônibus novos, começam a rodar e depois ameaçam tirar? E o planejamento? E o acordo? Como fica a população? Feira de Santana não pode ser tratada como “casa de Mãe Chica”.

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