Daniela Cardoso
Seis entidades de servidores públicos participaram de uma manifestação nesta terça-feira (26) em frente a prefeitura de Feira de Santana contra o aumento da passagem e o recebimento do vale-transporte no cartão magnético.
De acordo com Marlede Oliveira, diretora da APLB, as categorias que participaram da manifestação foram: guarda municipal, agentes de endemias, agentes de saúde, agentes de trânsito, motoristas, além dos professores. Ela avaliou o movimento como positivo.
“A única coisa que viemos fazer aqui foi protocolar esse documento dizendo ao prefeito que nós não aceitamos a imposição do cartão, que vai fazer com que o servidor e a própria população, utilize o transporte coletivo, pois ninguém é obrigado a isso. Somos contra a imposição do cartão e os servidores vão se mobilizar e não vão aceitar. No documento estamos pedido que os servidores recebam o transporte em espécie, como já é feito na rede estadual e Câmara de Vereadores. Desse modo, ele utiliza o transporte que desejar”, informou.
Marlede defende que o prefeito José Ronaldo escute a população. “Ainda está em tempo de o prefeito voltar atrás. Acho que ele precisa ouvir a população. Não é fechando a prefeitura, para impedir a gente de protocolar o documento, que vai fazer com que o movimento pare”, afirmou.
A sindicalista informou ainda que na próxima segunda-feira (1º), os professores vão realizar uma mobilização na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), para reivindicar alguns direitos da categoria, que, segundo ela, o prefeito não cumpriu.
“A secretaria municipal de Educação marcou uma jornada pedagógica na universidade e nós vamos nos mobilizar, pois o prefeito não fez reserva da carga horária, não pagou a licença pecúnia com relação a 2015, não pagou as horas extras com relação a 2014 e 2015 e pagou um terço de férias somente de 20 horas, por isso vamos nos mobilizar e de lá vamos marcar uma assembleia, pois o ano letivo começa dia 11 e a proposta é não começar, caso o prefeito não resolva essas pendências”, destacou.
Sidnéia Pedreira, que é setorial de mulheres do PSOL, destacou que o objetivo da manifestação é pedir a revogação do valor da passagem, que, segundo ela, é totalmente fora das leis por não obedecer aos cálculos das passagens.
“A prefeitura e as empresas não respeitaram isso. Queremos pedir a revisão desses cálculos e a revogação desse aumento, que é baseado nas ações de autoritarismo que nós estamos presenciando na atual gestão. O povo está sendo coibido e esse aumento da passagem está sendo enfiado goela a baixo. Não podemos aceitar isso”, disse.
De acordo com Sidnéia, outro objetivo da manifestação é pedir uma auditoria do transporte público em Feira de Santana. “Esse aumento é ilegal e estamos aqui protestando. Precisamos que muitas coisas sejam revistas. Temos um caos no sistema de transporte, com horários absurdos, falta de ônibus em alguns bairros e, além disso, tem o BRT que também está sendo empurrado para a população”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade