Adolescentes entre 14 e 17 anos da Bahia apresentam índices de trabalho infantojuvenil acima da média nacional, segundo estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com o estudo, em 2008, dos jovens na Bahia entre 14 e 15 anos, 21,6% estavam ocupados, enquanto que a média nacional era de 16,5%. Na faixa etária de 16 e 17 anos esse número é de 34,9% na Bahia e 33,6% na média nacional.
Na faixa abaixo dos 14 anos, os índices para a Bahia em 2008 são: 10,5% para os jovens entre 10 e 13 anos e entre a faixa de 5 a 9 anos, 1,6%. No Brasil esses índices para os jovens entre 13 e 10 anos são de 6,1% e para as crianças entre 5 e 9 anos, 0,9%.
Os dados também informam que grande parte dos jovens na Bahia trabalham na agricultura, sendo que no resto do Brasil a maioria está em atividades não agrícolas. Na Bahia, 65,9% das crianças e adolescentes estavam trabalhando na agricultura em 2008, o que representa cerca de 300 mil crianças, enquanto que, no resto do país, esse índice era de cerca de 33%, o que representa aproximadamente 1,5 milhões de crianças.
A justificativa para o estado da Bahia ter um número acima da média nacional de crianças e jovens realizando trabalho agrícola está no fato de as atividades agrícolas terem um forte peso no estado. O estudo mostra ainda que a maioria das crianças e jovens que trabalham no estado são negros e do sexo masculino.
Para melhorar a situação do trabalho infantil no estado, o estudo da OIT recomenda que sejam fortalecidos os mecanismos de informações para o planejamento, acompanhamento e avaliação das políticas públicas de erradicação do trabalho infantil. Além disso, também são necessárias, de acordo com o estudo, o desenvolvimento de políticas que estimulem a geração de emprego e de renda para as famílias mais vulneráveis entre outras ações.
O estudo, divulgado ontem (5) na Bahia, teve como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2008.
As informações são do UOL