Um projeto desenvolvido pelo Banco de Dentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) pretende estimular a doação desse e de outros órgãos através da participação de alunos da rede pública e privada de ensino. Com o acesso a informações sobre a importância do ato, espera-se que crianças e adolescentes sejam agentes multiplicadores, incentivando pais e outros familiares à prática de doação de qualquer órgão humano para salvar vidas.
A doação ainda é assunto raro na conversa familiar principalmente porque remete à morte, conforme afirma o professor doutor Júlio Motta, coordenador do Banco de Dentes da Uefs. “A partir da naturalidade que as crianças possam demonstrar perante o assunto, é possível que os adultos encarem a doação com um novo conceito cultural, mais aberto e sensível às necessidades de outras pessoas”, disse Motta.
Para alcançar esse objetivo, serão realizadas ações nos estabelecimentos escolares, em especial junto a alunos das séries iniciais, para incentivo à doação de dentes decíduos, os chamados dentes de leite. Na Universidade, os dentes doados servirão para estudos, treinamentos e pesquisas.
Júlio Motta salienta que as doações dos dentes devem atender aos preceitos do Comitê de Ética na Pesquisa que exige o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelo doador ou seu representante legal – no caso das crianças – ou pelo cirurgião-dentista que através da coleção de dentes dos pacientes juntamente com os dados registrados dos mesmos em livro ou prontuário.
As instalações do Banco de Dentes da Uefs foram recentemente reformadas para receber as doações. Em breve serão iniciadas as visitas a estabelecimentos escolares, ponto de partida para o trabalho de conscientização em prol da doação de órgãos.
As informações são da Ascom/Uefs