Felicidade

Paulo Coelho, citando Gibran disse que: "A felicidade está onde a colocamos e não onde a procuramos".

Mensagem de quinta-feira 05.08.10

Paulo Coelho, citando Gibran disse que:  "A felicidade está onde a colocamos e não onde a procuramos". Mas por que é tão difícil para o homem entender esse ditado, já que o objetivo principal de todos nós é a felicidade? Parece-me que todo movimento que fazemos diariamente em direção ao amor, a um trabalho cada vez melhor é uma busca quase sem limites de maior felicidade. No entanto, é certo que quanto mais lutamos para encontrá-la, mais nos distanciamos dela. A felicidade de fato não está em novas aquisições materiais, no encontro com um novo amor.

Mesmo que esses fatos nos proporcionem alegria e um pouco mais de paz, a felicidade nesse caso é passageira. Em pouco tempo o vazio voltará a bater na porta de nosso coração e sairemos em busca de mais e mais preenchimento. Parece ser esse o nosso castigo, pois acreditamos, em nossa inconsciência, que a felicidade e está no preenchimento momentâneo.

Não estou aqui pregando a abstinência e abnegação, no entanto é importante pararmos para refletir sobre o que exatamente queremos para nossas vidas. O que tenho visto é uma sociedade de pessoas perdidas, às vezes caminhando feito zumbis. O que a maioria de nós não percebe é que a felicidade é um estado de espírito que independe de quanto possuímos ou de ter ou não alguém ao nosso lado. Vivemos uma era de vazio, uma sociedade que se desagrega diariamente, que perde seus valores mais caros em meio a um consumo desregrado e de uma individualização exagerada.

Se pensarmos que a felicidade depende da ausência de problemas, nunca seremos felizes, pois vivemos em um planeta de aprendizado. Mas felicidade depende também de força e coragem para construirmos um espaço de liberdade e prazer. Não falo dos prazeres efêmeros, passageiros como os citados acima.É impossível se sentir feliz se não nos sentirmos livres. Mas é preciso também entender que liberdade nada tem a ver com falta de limites ou excesso de permissividade, como já foi dito. Todos nós queremos que nossas vidas sejam mais do que a luta pela sobrevivência. Todos nós sentimos amor, temos vida, sonhos e fantasias em nossos corações, e na maioria das vezes não damos vazão a esses maravilhosos sentimentos.

Acredito que precisamos urgentemente resgatar algo natural e humano de dentro de nós. Lentamente calamos nossos sentimentos, nos deixamos humilhar, silenciar, enfraquecer!

Estamos todos atolados no medo. Receamos nos aventurar, criar, gostar de fato de alguém; temos medo de nossas próprias atitudes, especialmente aquelas que brotam espontaneamente, da pulsação de nossos corações. Temos vergonha de amar, cantar, assobiar, de rir sozinhos, de abraçar, beijar, de sentir prazer! Nos tornamos áridos, mordazes, inteligentes demais. Mas a boa notícia é que todos nós trazemos em nossa psique a possibilidade de irrigação, fertilização e auto-cura.

Mensagem enviada pelo professor Gilberto Costa, irmão de Roberto Costa – Nordeste Lavanderia.

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