Gays impedidos de doar sangue podem exigir o direito na Justiça

Homens que fazem sexo com outros homens são impedidos de doar sangue por um período de 12 meses após a última relação sexual

Foto: Divulgação

 Homens que fazem sexo com outros homens são impedidos de doar sangue por um período de 12 meses após a última relação sexual

No Brasil, por normas do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), homens que fazem sexo com outros homens (grupo conhecido por HSH) são impedidos de doar sangue por um período de 12 meses após a última relação sexual. A justificativa do governo para limitar especificamente esse público, medida que tem apoio de vários especialistas, são estudos que indicam que a prevalência do HIV é maior entre os gays.

Uma consulta pública sobre as novas regras para a doação terminou ontem (2). Para aumentar os estoques dos hemocentros, o ministério pretende incluir como possíveis doadores os jovens de 16 e 17 anos (mediante autorização dos pais) e os idosos entre 65 e 68 anos. No entanto, existe uma série de proibições que o governo deve manter – e até ampliar –, como a que impede Marcelo de continuar indo aos hemocentros duas vezes por ano. 

De acordo com o advogado Gustavo Bernardes, coordenador geral da organização Somos, os homens que estão na mesma situação de Marcelo devem levar essa “discriminação oficial” ao Ministério Público com o objetivo de questionar essa proibição.

"Isso é uma homofobia oficial. Em alguns Estados, o Ministério Público já entrou com ação contra a restrição. As pessoas precisam levar ao conhecimento do MP, porque [o veto] não se justifica mais do ponto de vista científico, e tem caráter moralista", afirmou o advogado.

As informações são do R7

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