Naiara Moura
Com a sinalização “Perigo: área sujeita a ataques de jacaré”, a Lagoa Grande se tornou local de visitação por curiosos. Segundo o morador da região, Luiz Lima Silva, algumas pessoas alimentam os animais.
“Algumas pessoas jogam um pedaço de carne, eles comem e depois mergulham, vão embora. A gente sempre via três aqui, mas agora só vi dois”, contou.
Conforme Luiz, os animais normalmente ficam em um monte de areia que foi colocado na borda da lagoa, situada no bairro Rocinha. “Dá muita gente à tarde olhando, vem gente de outros bairros pra tirar foto deles”, conta.
De acordo com um biólogo consultado pelo Acorda Cidade, os animais na Lagoa Grande são da espécie jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), de ampla distribuição geográfica. A espécie já esteve ameaçada de extinção em virtude da poluição de seu habitat e da caça predatória para a retirada do couro e consumo da carne.
O jacaré-de-papo-amarelo mede cerca de dois metros e, quando adulto, tende a ser de cor verde-oliva, enquanto os filhotes são mais amarronzados com costas listradas de preto e pontos escuros na cabeça e lateral da mandíbula inferior. Têm vida quase que exclusivamente aquática. Sai para caçar principalmente à noite e, durante parte do dia.
A Lagoa Grande
A terceira etapa das obras de urbanização da Lagoa Grande está em execução e totaliza um investimento de R$ 21,6 milhões, contemplando a construção de mais 22 unidades habitacionais no Núcleo Conceição, drenagem, limpeza e dragagem da lagoa, terraplanagem, abertura e pavimentação da via de contorno, além da construção de ciclovia, pista de cooper, passeios e caminhos.
A ordem de serviço para a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) iniciar a quarta e última etapa dos trabalhos foi assinada pelo governador Rui Costa no mês de março de 2015.
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Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.