Obras do BRT

Prefeitura ainda não tem definição sobre manifestantes acampados

Segundo secretário de Comunicação, a recomendação do procurador do município é que o governo não adote nenhuma medida judicial em relação à ocupação.

Naiara Moura

Após a primeira reunião entre os manifestantes que ocupam o canteiro de obras do BRT e representantes do governo municipal na terça-feira (8), ainda não há nenhuma posição sobre o retorno das obras na Avenida Maria Quitéria.

Participaram da reunião com uma comissão de representantes do movimento, o secretário de Prevenção à Violência, Mauro Morais, o secretário de Comunicação Social, Valdomiro Silva, o secretário Ozeny Moraes, da Secretaria Extraordinária de Gestão e Convênios, e o procurador do município, Cleudson Santos Almeida.

Conforme o secretário Valdomiro Silva, a recomendação do procurador do município é que o governo ainda não adote nenhuma medida judicial em relação a esse fato. “O secretário de prevenção à violência, Mauro Morais, está fazendo a mediação desse entendimento em nome do governo e está sendo muito bem sucedido. A ocupação ainda é muito recente e pouca coisa pode ser feita”, explicou.

O secretário observou que o governo está preocupado com a integridade física dos manifestantes. “O governo está preocupado com a integridade física das pessoas que estão ocupando aquele ambiente, com o patrimônio público e com o impedimento de conflitos entre manifestantes e trabalhadores. A expectativa é que essa situação seja resolvida logo”, esclareceu.

O representante do Movimento Unificado contra as obras do BRT, Taylan Santana, explica que um dos objetivos da ocupação é a paralisação das obras devido a um processo judicial contra o projeto. “Nós sabemos que existe um processo judicial em questão e entendemos que não tem como uma obra desse tamanho continuar, sendo que pode ser embargada a qualquer momento. Se isso acontecer, entendemos que caso continue e haja um processo judicial vetando a construção do BRT, novamente o dinheiro público vai esgoto abaixo”, comenta.

Segundo Taylan, a ocupação surge por conta da falta de diálogo do poder público. Ele informou que o grupo formou uma comissão de negociação para dialogar com a Prefeitura.

“O poder público sempre teve uma indiferença com o Movimento Unificado contra o BRT, que sempre esteve ocupando as ruas e fazendo atos públicos e simplesmente o prefeito ignorou. Dessa vez não, com a ocupação e a suspensão das obras do BRT desde sábado, o prefeito vai ter que negociar, formar uma comissão para sentar e negociar”, conclui.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade 

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