Feira de Santana

Jornada do Aparelho Digestivo realiza mutirão de exames em Feira de Santana

A Jornada foi iniciada nesta sexta e segue com a programação durante o sábado (15).

Daniela Cardoso

A terceira Jornada do Aparelho Digestivo do Interior da Bahia (JADIB) está sendo realizada em Feira de Santana. A programação foi iniciada nesta sexta-feira (14), e entre a programação foi realizado um mutirão de exames no Hospital Dom Pedro de Alcântara. A programação da Jornada segue durante o sábado (15).

De acordo com o médico gastroenterologista, Luiz Almeida, o evento tem dois objetivos principais: o primeiro é difundir a parte científica da medicina no interior da Bahia. Já o segundo, conforme explicou, é trabalhar a parte social com a realização do mutirão de exames. Luiz Almeida destacou que os exames já foram pré-selecionados para pacientes que têm alguma doença específica.

Ainda segundo o médico, em Feira de Santana esses pacientes selecionados têm dificuldades para fazer a endoscopia terapêutica, pois não tem os materiais específicos, que são caros, e ainda não está disponível na rede pública. Ele informou que médicos de Salvador estão ajudando na realização dos exames.

“Conseguimos fazer esses exames, em alguns casos, para pacientes que estão na emergência, no Hospital Geral Clériston Andrade. Mas a nível ambulatorial, ainda não tem isso programado. Estamos tentando implantar no Dom Pedro de Alcântara e o mutirão vai servir também para mostrar que Feira tem capacidade para fazer esses procedimentos”, afirmou.

Ele explicou a diferença entre a endoscopia comum e a terapêutica. “A comum é aquela que é feita em consultório e a endoscopia terapêutica vai tratar uma doença. Por exemplo, pessoas que tem cirrose e têm varizes no esôfago, gerando risco de vomitar sangue. Então a gente vai fazer a ligadura elástica dessas varizes, impendido o sangramento.”

O médico Durval Rosa Neto, destacou que a endoscopia terapêutica é realizada desde o ano de 1970, mas que começou a ser mais conhecida há cerca de 10 anos, quando aumentou a capacitação para os profissionais médicos e começou a ter mais acessibilidade. Ele destacou que a endoscopia terapêutica também tem a função de tirar objetos estranhos do corpo de pacientes, principalmente crianças, e que, além de dar qualidade de vida ao paciente, também possibilita um diagnóstico mais específico. “O paciente muitas vezes tem uma queixa inespecífica e quando se faz a endoscopia, se chega a um diagnóstico”, afirmou.

Durval Rosa Neto comemorou a realização da jornada, mas lamentou não poder atender uma demanda maior durante o mutirão de exames. “Acho importante a gente poder compartilhar as informações e colocar para os colegas a prática do nosso dia a dia, que materiais que a gente usa. Infelizmente a gente não consegue atender uma demanda muito grande. Mas ainda assim conseguimos ensinar muita gente e difundir o conhecimento”, disse.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
 

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