Sem apontar responsabilidades, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota hoje (25) lamentando o afundamento da corveta Chenoan, da Coreia do Sul, que teria sido alvo de um ataque promovido pela Coreia do Norte. Na nota, o Itamaraty informou ter recebido com “grande preocupação” o resultado das investigações. Ao lamentar o episódio que pode gerar uma ameaça à paz na região, o Itamaraty pede que os dois países evitem o acirramento da crise.
“O governo brasileiro lamenta profundamente o episódio que, potencialmente, pode constituir uma ameaça à paz na região, e se solidariza com o governo coreano e com as famílias das vítimas pelas irreparáveis perdas sofridas”, diz a nota. “O governo brasileiro recebeu, com grande preocupação, relatório de investigação apresentado pelo governo da República da Coreia sobre as causas do afundamento, no dia 26 de março passado, da corveta Cheonan”.
O Itamaraty apela para que Coreia do Sul e do Norte evitem um conflito bélico na região, embora tecnicamente os dois países permaneçam em guerra há 57 anos, pois não houve, até hoje, assinatura de um cessar-fogo entre as duas nações. “O governo brasileiro continua a acompanhar atentamente a questão e conclama as partes envolvidas a absterem-se de quaisquer atos que ponham em risco a estabilidade da Península Coreana”, diz a nota.
A Coreia do Norte anunciou hoje que romperá relações, inclusive de meios de comunicação, com a Coreia do Sul. Segundo a KCNA, agência oficial de notícias norte-coreana, o país também expulsará os trabalhadores sul-coreanos de uma fábrica administrada pelos dois países perto da fronteira. O anúncio é mais um sinal do acirramento das tensões na região após uma investigação independente na semana passada ter responsabilizado um torpedo norte-coreano pelo afundamento da corveta Cheonan. As informações são da Agencia Brasil