R$ 40 milhões contra R$ 1 bilhão

O jornalista Glauco Wanderley analisa os desdobramentos do projeto que torna área industrial em residencial.

Uma nota não muito explícita, mas suficiente para que se entenda o recado, saiu hoje na influente coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, assinada por Levi Vasconcelos.

Fuga de Feira

Empresa de grande porte que quer investir R$ 1 bilhão para ampliar suas instalações no Centro Industrial do Subaé, em Feira de Santana, cogita a possibilidade de tirar o time. Está incomodada porque nas proximidades uma área que era industrial virou projeto do programa Minha Casa Minha Vida.

Já conversou com o governo gaúcho e, se a opção Feira minguar, o destino é Guaíba.
Ora, área industrial que virou residencial é aquela polêmica onde a FCK de Carlos Kruschewsky quer porque quer construir mil casas populares. Para isso, resumidamente, já se fez uma demissão na prefeitura (do arquiteto Arsenio Oliveira, que dera parecer contrário ao projeto, já que morar ao lado de indústrias não é das coisas mais recomendadas) e uma mudança de lei a toque de caixa na Câmara, onde se autorizou a transformação da área industrial em residencial. Projeto que inclusive contou com a adesão do oposicionista (?) vereador Ângelo Almeida.

Mil casas, pelo valor aproximado de R$ 40 mil são R$ 40 milhões. Um bom dinheiro, principalmente levando-se em conta que beneficia particulares. Entretanto, fica longe de fazer frente a R$ 1 bilhão, para gerar renda com impostos, empregos, desenvolvimento. A área é vizinha da gaúcha Borrachas Vipal.

Vai ficando cada dia mais caro o prefeito Tarcízio Pimenta justificar a opção pelo projeto do amigo construtor.

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