Já deveria ter saído

Deputado avalia que já deveria ter saído do DEM há mais tempo e diz que o mandato é questão jurídica.

Foto: Divulgação

“Vou dar o tratamento jurídico que o caso requer”. Esta foi a resposta do deputado federal Fernando de Fabinho ao deputado ACM Neto, que anunciou a solicitação de seu mandato. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele lamentou a iniciativa do parlamentar, pois entende que durante 16 anos de vida pública contribuiu para o desenvolvimento do Estado e do partido (antes PFL, hoje Democratas), onde sempre militou “de forma harmoniosa, amiga e companheira”. Demonstrando tranquilidade, Fabinho disse que no dia que entendeu que deveria mudar de partido tomou a decisão. “Ninguém pode ficar preso, submisso a alguns caciques do partido”, disse Fabinho, destacando que “se não tivesse motivo para sair, agora eu teria”. Ele acha que já deveria ter saído do DEM há mais tempo.

Cada qual no seu quadrado

Foto: Divulgação

Sobre a relação com ACM Neto, Fernando de Fabinho disse que cada um cuida de seu mandato de deputado federal e se tratam com respeito. Mas negou que já tenha havido entrevero político entre eles. A verdade é que ACM Neto nunca concordou com a luta de Fabinho, Fábio Souto e José Carlos Aleluia para que o ex-governador Paulo Souto assumisse a direção do Democratas na Bahia. O que foi confirmado por Fernando de Fabinho. Ele ainda não se desligou oficialmente do DEM e não é candidato à reeleição, apenas apoia outro grupo. Se eu fosse candidato, até entenderia essa busca do mandato. “A reação é mais daqueles que perdem. Isso não acontece somente no DEM. Outros partidos têm entrada e saída de pessoas”, observou.

Prestígio político

O deputado Fernando de Fabinho reafirmou hoje (16) que a maior exigência que fez ao governador Jaques Wagner para aderir ao grupo do governo foi prestígio político para manter as lideranças e também trazer novas lideranças. Sobre a garantia do mandato, ele disse que o governador não pode garantir isso, pois quem decide é o Tribunal Eleitoral. Ele também assegurou que nunca houve acerto para assumir secretaria ou qualquer outro tipo de cargo. “Não sou candidato à reeleição e não preciso desse suporte. Eu espero ser contemplado no segundo mandato do governador Jaques Wagner”, admitiu. Sobre as eventuais reações a sua ida para o PP, Fabinho considera normal essa resistência. “É uma reação natural de todo grupo político, mas a mudança pode trazer resultado positivo para os dois lados”, disse. Sobre Jairo Carneiro, Fabinho disse que é uma questão do partido. “Ele é suplente”, resumiu.

Pavimentando a estrada

Questionado pelo radialista Dilton Coutinho sobre a sua postura com relação ao governo Lula nos últimos dois anos e se isso representaria a pavimentação de sua ida para o governo Wagner, Fernando de Fabinho confirmou que realmente já vinha votando em projetos do Executivo federal. Inclusive em 2009 ele não votou contra o governo, em alguns momentos se absteve e em outros não compareceu à votação. “Isso também foi uma maneira de contemplar o governo”, afirmou. Fabinho ressaltou que eram projetos de interesse da população. “Eu não podia ficar fazendo o tempo todo da oposição, que não é democrático”. Fabinho defende que tem que avaliar o projeto.

Discurso afinado

As lideranças do PT afinaram o discurso. Não somente com relação a Fernando de Fabinho, como a todos que chegam ao grupo. “Estão alinhados com o projeto do governo”. Conversa bonita essa do deputado José Neto, do secretário Walter Pinheiro e companhia limitada. 

Proposta de  projetos 

 
Oficina com projetos beneficiados 2007-2008 (Foto: Divulgação/Fundo Brasil)

O  Fundo Brasil de Direitos Humanos recebe propostas de projetos dentro do Edital 2010, até o dia 23 de março. A fundação vai apoiar organizações da sociedade civil e indivíduos que atuem na defesa e promoção de direitos humanos. O foco é apoiar justamente aqueles que não têm recursos de outras fontes financiadoras, em iniciativas voltadas ao combate à discriminação e à violência institucional. 
O valor a ser repassado por selecionado varia de R$ 10 mil a R$ 25 mil. As atividades devem ser desenvolvidas em até um ano. Desde 2007, foram investidos pelo Fundo Brasil cerca de R$ 1,8 milhão em 76 projetos apoiados. A proposta de cada um deles, bem como o Edital 2010, podem ser conferidos no site da instituição.  

Toque de acolher em Feira

O vereador Luiz Augusto de Jesus vai apresentar na Câmara proposta de implantação do Toque de Acolher em Feira de Santana. Na justificativa do projeto, Lulinha citou a entrevista do juiz José Brandão Neto ao Acorda Cidade, sexta-feira passada (12). Os resultados do trabalho desenvolvido na comarca de Santo Estêvão, que abrange também o município de Antônio Cardoso, convenceram o vereador, que já conseguiu um apoio fundamental. O petista Marialvo Barreto já antecipou que gostou da idéia e pediu cópia do projeto para contribuir com adequações à realidade de Feira de Santana.
 

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