O homem que matou o cartunista Glauco Villas Boas e seu filho, Raoni, era um conhecido da família e frequentador da igreja fundada por Glauco, segundo informações publicadas no site do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o jornal, o homem foi identificado pela polícia paulista como sendo o estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos.
A hipótese de um assalto, cogitada no início das investigações, foi descartada. As informações do Boletim de Ocorrência conseguidas pelo Estadão dão conta de que o rapaz frequentava a Igreja Céu de Maria, baseada nos princípios do Santo Daime, fundada pelo cartunista. Nunes, afastado dos cultos, teria ido armado até a casa de Glauco na madrugada desta sexta-feira (12). Após uma discussão, o rapaz atirou no cartunista e em seu filho.
Glauco e Raoni foram socorridos e levados para o Hospital Albert Sabin, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, mas chegaram mortos ao local. O hospital confirmou a entrada dos corpos de pai e filho à 0h45. Os corpos chegaram ao Instituto Médico Legal de Osasco às 6h50 desta sexta-feira. Ninguém foi preso, segundo a Polícia Militar. Glauco Villas Boas nasceu em Jandaia do Sul, no Paraná, em 1957. Ele era filho de Orlando e sobrinho dos sertanistas Claudio e Leonardo Vilas Boas.
Como cartunista, publicou seus primeiros trabalhos em 1976, no Diário da Manhã de Ribeirão Preto, e em 1977 ganhou seu primeiro prêmio no Salão do Humor de Piracicaba. No início da década de 1980, passou a fazer parte do elenco de cartunistas do jornal Folha de S. Paulo, onde consagrou personagens como Geraldão, Geraldinho, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Casal Neuras e Doy Jorge. Informações do Correio.