O diretor de arrecadação do Flamengo, Flávio Pereira, acusado de abusar sexualmente um garoto de cerca de 10 anos que fazia testes na escolinha de futebol da Gávea, teria agido também na Bahia.
O dirigente, que foi afastado preventivamente, teria montado um Flamengo fantasma no município de Adustina, a 359 km de Salvador. Escolinhas, peneiras, viagens e sedes reconhecidas pela população como oficiais não existiam para o clube.
Os moradores da cidade, em entrevista ao Jornal Extra, afirmaram que o carioca aparecia a cada dois meses distribuindo presentes, organizando eventos e levando as crianças para o Rio, seja para fazer testes ou simplesmente passear na cidade. "A casa dele aqui é conhecida como "Casa do Flamengo", e tem videogames, brinquedos para crianças, piscina", conta o empresário de jogadores Álvaro Castro, de Itabuna.
Castro acrescenta ainda que o dirigente rubro-negro investia também em outras áreas, e montou, também em Adustina, um curso de violão.
"Ele dá o instrumento para as crianças e ainda paga R$ 100 por mês para elas", explica. O presidente da Câmara de Vereadores, Gilberto Soldado (PP), revela que após a denúncia tomar as capas dos jornais no Rio, todas as referências do Flamengo na cidade foram retiradas. Os vereadores estudam a possibilidade de instalar uma Comissão de Inquérito (CEI) para investigar o caso.
Os edis consideram a possibildiade de retirar a honraria de cidão de Adustina, concedido ao dirigente. A atuação de Pereira não se restringia à cidade. Sua influência na região se estenderia também a Cicero Dantas, Fátima, Antas, Ribeira do Pombal e Cipó. Com informações do Jornal Extra e Jusbrasil.