Você se lembra como ficavam péssimas as selfies (ou autorretratos) quando as câmeras e celulares só tinham o visor na parte de trás? Era um tal de cabeças cortadas e caras duvidosas que só um disparo em frente ao espelho poderia evitar. Alguém do mercado percebeu isso, e hoje grande parte dos celulares e câmeras vem com a opção de inverter o visor. Resultado: a selfie virou moda da estudante secundarista ao presidente dos Estados Unidos, e até o papa já se rendeu à tendência.
Tecnologia
Empresas criam dispositivos para facilitar 'selfies'
Recentemente, a empresa lançou outra câmera, com o mesmo diferencial, só que inspirada na Copa do Mundo
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E aí alguém do mercado percebeu que outro desconforto poderia ser resolvido. Pegue o seu celular (que deve estar aí bem pertinho), inverta o visor, estique o braço e tire uma foto sua, de preferência na horizontal. Desequilibrou o aparelho e ele quase caiu no chão? Ficou sem jeito para segurá-lo e disparar a câmera ao mesmo tempo? E se o botão que dispara a câmera ficasse na parte de trás do telefone? Ia ser melhor, não ia? Pois é. Alguém pensou nisso e criou um negócio chamado “smart button”, ou botão inteligente, que nada mais é do que o botão na parte de trás do aparelho.
“O smart button traz mais ergonomia e conforto ao produto e reduz em mais de 30% as chances de o aparelho cair da mão do usuário para o chão durante o uso”, explica Marcel Inhauser, especialista em produtos da área de celulares da LG, empresa que lançou o G2, o G2 mini e o G Flex, celulares com o smart button. Eles custam, respectivamente, R$ 1.999,00, R$ 1.299 e R$ 2.699.
Prefere o iPhone? Talvez você não saiba, mas o celular da Apple vem com opção de disparar a câmera no botão de volume – na lateral do aparelho – desde a versão 4 (e na 4S, 5, 5C e 5S). O objetivo destas inovações nas empresas é atender a uma demanda criada pelo próprios consumidores que, neste caso, resolveram usar as câmeras tradicionais para tirar fotos de si mesmo, inventando um novo uso e uma nova necessidade.
“A LG estuda ferramentas que atendam cada vez mais às necessidades dos usuários e sigam as tendências de mercado. E os ‘selfies’ são uma tendência”, explica o especialista da empresa visor na frente Na companhia, o primeiro aparelho com o visor na frente foi o Optimus 2X, lançado no Brasil em janeiro de 2011. Mas nesse caso, a concorrente Samsung saiu na frente. A empresa não soube precisar a data, mas em meados de 2010 já tinha disponível no mercado uma câmera fotográfica com dois visores: um na parte de trás, para as fotos convencionais, e outra na parte da frente, para facilitar as selfies – que naquela época ainda não tinham este nome.
Recentemente, a empresa lançou outra câmera, com o mesmo diferencial, só que inspirada na Copa do Mundo. “A DV2014F destaca-se pela facilidade em tirar autorretratos, já que possui display frontal, assim o usuário consegue enquadrar-se e bater fotos do jeito que desejar”, diz a Samsung, em nota. Mas engana-se quem pensa que se incluir na própria foto é um fenômeno recente. Não se tem registros de quando começou, mas é certo que a função self-timer, ou temporizador, já existe há décadas. Para quem ainda não conseguiu ligar o nome à função, o timer é o recurso que dispara automaticamente o obturador, dispensando o toque manual. É aquela ferramenta que te permite programar a foto para daqui a 5, ou 10 segundos e correr para se posicionar antes que ela dispare sozinha. Hoje, o recurso já é item quase obrigatório em câmeras e celulares.
Aplicativos Avançando mais uma vez no tempo, chegamos aos aplicativos criados para facilitar as selfies. O CamMe é um deles e se autointitula o melhor app para tirar selfies. Com ele, você pode tirar fotos de uma distância de até cinco metros, sem precisar tocar no aparelho. É que ele é desenvolvido para reconhecer os seus gestos e, para disparar a câmera, basta levantar e fechar a mão. Genial, não? Não foi à toa que ele ganhou o prêmio App mais Inovador, do Global Media Awards 2014, segundo consta em sua descrição.
E se sua câmera frontal não tiver uma qualidade tão boa quanto a de trás, não é por isso que você tem que sair com o rosto cortado. O aplicativo com o sugestivo nome de “selfie” faz com que a câmera só dispare no momento em que detectar o rosto inteiro na foto. Fora estes, existem diversos aplicativos para edição de fotos, que corrigem as imperfeições de imagens tiradas muito próximas, como o Facetune, o Snapseed e PixTR.
Mas ganhar dinheiro com as selfies envolve mais do que vender ferramentas para facilitá-las. A própria selfie pode ser uma mina de ouro. A selfie do Oscar, que reuniu numa mesma foto Jennifer Lawrence, Brad Pitt e Meryl Streep, entre outros, custou R$ 20 milhões à Samsung.
Mas a divulgação que isso rendeu ao seu smartphone Galaxy Note 3 foi muito maior, segundo especialistas. Isto por causa do seu massivo compartilhamento nas redes sociais. A imagem foi a mais retuitada da história do Twitter. As informações são do Correio.
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