Orisa Gomes
Em véspera de campanha eleitoral, os dois pré-candidatos preferenciais ao governo da Bahia, Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT), já estão com os discursos afiados. Ambos afirmam que o passado ficou no passado, mas ressaltam que, se necessário, o comparativo entre a gestão de Jaques Wagner e a anterior será feito.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Souto assinalou que o passado não é pauta de campanha, porque a população quer saber sobre o futuro. “Os baianos precisam ter esperança”, disse. E recuou: “Antes, a Bahia era conhecida porque se destacava no turismo, nas artes, na cultura, nas finanças do estado sadias. Hoje, a Bahia é conhecida porque é o 5º estado mais violento do Brasil, são quase 35 mil homicídios em 7 anos; isso é uma tragédia. Os rendimentos na área de educação em vez de melhorarem, caíram nos últimos anos. Então, se o governo quiser discutir isso, paciência, vamos discutir, mas minha preocupação maior é com o futuro”.
Na mesma linha, Rui Costa frisa que sua campanha será baseada em propostas, mas não deixa de cogitar a possibilidade de apontar deficiências na gestão passada. “Vou apresentar e fazer proposta para o futuro. A nova Bahia, a Bahia mais moderna, a Bahia que cresce. Esse é o debate que queremos construir. Para isso, vamos mostrar todas as realizações do governador Jaques Wagner no período de oito anos e, se possível, comparar com os oito anos do ex-governador (de Paulo Souto)”.
Outra pretensão comum entre o pré-candidato governista e de oposição para a campanha é propor a modernização dos serviços públicos, especialmente da saúde. “Esse será um dos pontos fundamentais da campanha”, garante o democrata. “Nós precisamos de um equipamento mais moderno, em melhores condições de prestar assistência à saúde não só de Feira, mas de toda a macrorregião,” destacou o petista, informando que a construção de um novo hospital geral no município faz parte do seu projeto de governo.