A promotora que investiga a suposta ligação que o ex-ministro José Dirceu fez de dentro da prisão também teria, de forma discreta, feito pedido à Justiça a quebra de sigilo de aparelhos utilizados no Palácio do Planalto. Em documento entregue na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, do Ministério Público do Distrito Federal, não faz nenhuma referência ao palácio, mas indica suas coordenadas geográficas como alvo da investigação. No pedido, Corrêa diz que seria preciso o "confronto entre as ligações realizadas pelos aparelhos de telefonia móvel que se encontram no presídio e pelos aparelhos que se encontravam no Estado da Bahia" e indicou duas posições geográficas para o levantamento. Apesar de não deixar claro, os locais correspondem ao presídio da Papuda e ao Palácio. O pedido quer permissão para que todos os aparelhos usados dentro da sede do governo sejam rastreados. Procurado pela Folha de S. Paulo, o Palácio do Planalto não quis se manifestar sobre a investigação. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério Público do Distrito Federal não apresentou justificativas para a investigação do local e afirmou que o foco da investigação é Dirceu e o uso de celulares no presídio, "independentemente de onde caia a coordenada geográfica". O presidente do STF, Joaquim Barbosa, que ainda não decidiu se vai autorizar a quebra de sigilo. Nesta quarta (9), advogados de Dirceu apresentaram ao STF o parecer de um engenheiro identificando as coordenadas informadas pelo Ministério Público e pedindo que o requerimento de quebra de sigilo seja rejeitado.
Dilton e Feito
Promotora que investiga Dirceu também estaria interessada no Planalto
Em documento entregue na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, do Ministério Público do Distrito Federal, não faz nenhuma referência ao palácio.
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