Para definir a atual situação da Prefeitura de Feira de Santana, algumas pessoas estão utilizando adjetivos ou adágios populares do tipo: a maré não está para peixe, inferno astral, trovoada, tsunami, nuvem negra… e eu opto por cortina de fumaça. Pois, ao que parece, uma cortina de fumaça está passando pelo Paço Municipal Maria Quitéria, em uma sucessão de acontecimentos desgastantes para o prefeito José Ronaldo. A construção do shopping popular na cidade tem recebido críticas violentas da oposição; o reajuste do IPTU, com redimensionamento do valor venal em alguns casos exorbitantes, é o assunto de todas as classes sociais; a licitação para a montagem dos camarotes oficiais da Micareta deu deserta e já fui informado que pode não haver trios elétricos na folia. Isso porquê, segundo um passarinho, a empresa de Recife que venceu esta licitação “mergulhou” o preço e os donos dos trios não vão aceitar sair na avenida por R$ 14 mil; em paralisação de três dias no início desde mês, professores da rede municipal bateram de frente com o prefeito em contestação do reajuste salarial da categoria; na segunda-feira, começou a ser divulgada a notícia de que o Ministério Público ofereceu denúncia contra José Ronaldo e Constatino Portugal dos Santos, por este ter sido contratado pela prefeitura, mesmo sendo aposentado pelo INSS por invalidez.; no mesmo dia, o ‘caos’ tomou conta da cidade, com a paralisação dos rodoviários da empresa Princesinha. E embora o governo não seja a responsável pelos vencimentos dos trabalhadores, o movimento respinga sobre a prefeitura, já que esta faz a concessão do transporte de massa à empresa. Isso sem falar nos problemas diários, como a obra inacabada da Rua Calamar. Em meio a tanta turbulência, a pergunta que fica é: "E agora, José?"

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