Orisa Gomes
A polêmica envolvendo o Instituto Bambú teve um novo desdobramento na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (24). Em pronunciamento, o presidente Justiniano França questionou documentos apresentados na Casa pelo vereador Edvaldo Lima e a coordenadora do Instituto da entidade, Inara Francinete Bastos.
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Justiniano declarou que algumas informações chamaram a sua atenção, a exemplo da declaração de sessão do espaço de eventos situado à Rua Vasco Filho, número 320, bairro Serraria Brasil, para o instituto ser datada de 3 de janeiro de 2013 e ter a firma reconhecida em 13 de março deste ano, após ser denunciado na Câmara que o instituto não funcionava em tal endereço. “E eu pergunto o por quê?”, interrogou.
O presidente também observou que na declaração, que afirma que o vereador Edvaldo Lima nunca participou de eventos no espaço de festa, não há informações sobre o funcionamento do instituto no espaço. Considerou ainda que foi desnecessário Edvaldo Lima apresentar um pedido de quebra do próprio sigilo bancário e declaração de bens, já que sua honestidade, conforme Justiniano, não foi “colocada em cheque”.
Mais uma informação questionada pelo presidente foi a alegação de Edvaldo de que não conhecia os integrantes do instituto e apenas foi procurado pelo presidente, Roberto Dias, para criar o projeto de lei que concedeu o Título de Utilidade Pública à entidade. “Mas tanto o esclarecimento do vereador quanto sua página no Facebook [segundo o presidente, Edvaldo Lima tem membros do instituto entre os ‘amigos’ em sua página na rede social] mostram que havia um conhecimento maior. Não vejo nada demais, mas isso não precisava ser omitido”
Segundo Justiniano, a documentação e seus questionamentos serão apresentados ao Conselho de Assistência Social e à comissão de vereadores, que está preparando um relatório sobre o caso do Instituto Bambú a ser exposto na Casa.
O vereador Edvaldo Lima não fez uso da palavra para responder aos questionamentos de Justiniano França.