Daniela Cardoso
Enfermeiros e estudantes de enfermagem realizaram uma manifestação no início da tarde desta terça-feira (25) em frente à prefeitura municipal de Feira de Santana em apoio à permanência da coordenadora do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Maísa Macedo.
O movimento foi organizado depois que os médicos do Samu pediram ao prefeito José Ronaldo de Carvalho a exoneração da coordenadora, sob ameaça de demissão coletiva. O presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia, Francisco Magalhães, afirmou ao Acorda Cidade no último sábado que a coordenadora do Samu começou a ter uma postura arrogante e agressiva, não só com os médicos, mas com os outros funcionários.
Os médicos deram um prazo ao prefeito até esta terça (25) para que Maísa fosse exonerada, porém na manhã de hoje o coordenador dos médicos do Samu, José Luiz, disse que o grupo de médicos se reuniu em assembléia e decidiu que a demissão em massa paralisaria o atendimento e prejudicaria a população. Segundo ele, ficou decidido que uma paralisação deve ser iniciada na próxima quinta-feira (27).
“Desde o início das nossas reivindicações, nos preocupamos muito com a população, por isso entendemos que existe outra forma de negociar com o prefeito, que é com o movimento de greve, em vez da demissão em massa”, afirmou.
O coordenador dos médicos garantiu que apesar da greve, será mantido o efetivo mínimo de 30% do atendimento. Segundo ele, as ocorrências de urgências serão atendidas e que um médico deve permanecer de plantão na regulação. Além disso, um médico deverá ficar na ambulância avançada, para casos de ocorrências mais graves.
“Os médicos estarão à disposição. Solicitamos que a Maísa seja afastada até que as denúncias sejam esclarecidas. Tivemos uma conversa com Ronaldo, discutimos diversos assuntos e ele se mostrou disposto à negociação”, afirmou.
A estudante de enfermagem, Camila Almeida, afirmou que o objetivo principal da manifestação é para manter Maísa no cargo. Ela afirma que a coordenadora tem capacidade e competência e por isso se mantém no cargo há 13 anos. Além disso, a estudante disse que as pessoas que participaram da manifestação querem a valorização da classe do enfermeiro.
“Aqui na manifestação temos estudantes e enfermeiros que estão apoiando a permanência de Maísa e contra a chantagem dos médicos para a saída dela. Isso é um absurdo, não vemos motivo nenhum para tirá-la do cargo”, afirmou Camila Almeida.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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