Vereador é intimado a depor sobre suposto envolvimento com grupo de extermínio
Na sessão plenária da Câmara Municipal desta terça-feira (18), o edil atribuiu o caso à perseguição política e seu advogado, Pedro Henrique Duarte, deu uma coletiva à imprensa sobre o caso.
O vereador Pablo Roberto foi intimado a depor na 2ª Delegacia de Feira de Santana, por suspeita de acerto com um interno da Comunidade de Atendimento Socioeducativo Zilda Arns e envolvimento com grupo de extermínio. Na sessão plenária da Câmara Municipal desta terça-feira (18), o edil atribuiu o caso à perseguição política. O advogado de Pablo, Pedro Henrique Duarte, deu uma coletiva à imprensa sobre o caso.
Advogado Pedro Henrique Duarte (Foto: Ney Silva)
Em pronunciamento, Pablo afirmou que em agosto de 2013, após a saída do gestor da Zilda Arns, Danilo Araújo, que estava no cargo por indicação dele, soube que um jovem fez uma denúncia ao substituto, Leudérico Rodrigues. A denúncia era de que Pablo esteve na unidade acompanhado de uma liderança política e propôs ao rapaz que fizesse uma rebelião e atentasse contra a vida do atual gestor.
Com isso, o jovem receberia R$ 10 mil, teria liberdade e a proteção do vereador fora da unidade. “Tão absurdo é isso, que mesmo tomando conhecimento em agosto achei que não passava de meros comentários maldosos”, disse o vereador.
Pablo lembrou que em outubro de 2013, a Zilda Arns foi invadida e ele esteve no local sem saber que “já fazia parte das ações do depoimento do jovem”. Em dezembro, acrescentou o vereador, o rapaz fugiu da unidade e sofreu um atentado em um bairro da cidade, ao ser atingido por 12 tiros disparados por cinco homens, mas sobreviveu.
Após esses acontecimentos, o vereador tomou conhecimento de que existe um processo contra ele em segredo de justiça, por supostamente ter participado da reunião com o jovem, o que ele nega. “Nunca tive na unidade após assunção do Leudérico”, frisou o vereador que atribui a acusação a um deputado da cidade, por questões políticas.
Segundo o advogado de Pablo, o edil foi intimado a depor nessa quarta-feira (18), mas pediu adiamento, porque estará em Brasília, onde vai protocolar uma petição pedindo que haja proteção para ele, a fim de que “os fatos sejam conduzidos de forma mais serena no sentido de que a verdade seja trazida à tona”. Ele vai pedir à Polícia Federal que apure o caso.
Resposta
Apontado como o deputado que o vereador mencionou, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), declarou ao Acorda Cidade que não tem qualquer envolvimento com o caso e não conhece nada a respeito, no âmbito penal. “Não posso acusar o vereador, porque não tenho elementos. Até aqui, o que posso dizer é que não tenho absolutamente informação alguma apurada sobre o assunto. Caberá ao secretário de Segurança Pública e ao delegado titular resolverem o caso. Da minha parte não há esforço a não ser aguardar as decisões tomadas pelo governo e respeitar as apurações policiais”, assinalou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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